O gestor do Londrina, Sérgio Malucelli, deixou o arbitral do Campeonato Paranaense ontem sem uma resposta à sua negativa de aceitar a cota de placas de publicidades nos estádios. O dirigente não quer a cota, que renderá R$ 120 mil a cada clube, por conta de contratos assinados com seus patrocinadores.
Porém, a Federação Paranaense de Futebol já negociou oito espaços, deixando apenas quatro para as agremiações. “Até é uma força que a federação está fazendo, mas nós não concordamos com as placas e vamos brigar ainda. Temos compromissos com patrocinadores que nos ajudaram durante todo o campeonato da Segunda Divisão”, justificou o gestor.
Sérgio assegura que a questão em jogo não é financeira, e que independe dos valores que o Londrina conseguiria negociando os espaços por conta. “O Londrina pode até não arrecadar mais, mas temos um compromisso que tem de ser respeitado. Não é nem o valor, mas a palavra que demos”, acrescentou Sérgio, lembrando que o Londrina não esteve no arbitral do ano passado, quando a norma foi definida.
A FPF entende que o clube não pode abrir mão da cota e precisa cumprir o que assinou, por respeito aos patrocinadores do campeonato. O caso será estudado mais a fundo antes que seja tomada uma decisão. “Temos o regulamento do ano passado dando poderes para a federação negociar [os espaços] respeitando as quatro placas que cada clube pode ter”, explicou Hélio Cury, presidente da FPF.
Uma alternativa para o Londrina seria utilizar uma faixa secundárias de placas, expondo seus patrocinadores atrás das marcas oficiais do Campeonato Paranaense.