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Tripulante desaparecido na Volvo Ocean Race não usava equipamento de segurança

O britânico John Fisher não estava usando o equipamento de segurança que o manteria preso ao barco em que competia na Volvo Ocean Race, na regata volta ao mundo, caindo no gelado mar do Oceano Antártico em meio a um vendaval pouco antes do nascer do sol na segunda-feira, de acordo com comunicado divulgado pela equipe Team Sun Hung Kai / Scallywag, da qual era componente. Fisher, de 47 anos, foi considerado perdido no mar a cerca de 1.400 milhas a oeste do Cabo Horn.

A equipe disse nesta quarta-feira que Fisher retirou a proteção para arrumar uma das velas quando a embarcação descia uma grande onda. Foi, então, quando o britânico foi jogado para fora dela. A tripulação não conseguiu encontrá-lo, dificultado pelos ventos, de cerca de 40 nós, e ondas de até 16 pés. A temperatura da água era de 9ºC.

O gerente da equipe Tim Newton falou com o capitão David Witt e o navegador Libby Greenhalgh para montar uma linha do tempo do acidente. Newton disse que os membros da tripulação declararam acreditar que Fisher estava inconsciente após ser golpeado e antes de cair na água.

Newton afirmou que Fisher estava usando um kit com capuz e luvas e um colete salva-vidas “Esta é a pior situação que você pode imaginar acontecendo com sua equipe”, disse Newton. “Estamos absolutamente de coração partido pela família e amigos de John. Eu sei por David que ele perdeu seu melhor amigo. É devastador”.

Depois que Fisher foi ao mar, a equipe jogou duas boias na água para marcar a posição. Levou algum tempo para colocar o barco sob controle e navegar de volta para onde Fisher entrou no oceano. A tripulação procurou por horas, mas não conseguiu encontrar Fisher ou as boias. Com o tempo se deteriorando, a busca foi abandonada e a tripulação seguiu no rumo da América do Sul.

“Essa situação ainda não acabou para o nosso time. As condições são extremamente desafiadoras, com ventos fortes e previsão de um mar muito agitado nos próximos dois dias. Nosso único foco, com a assistência dos controladores da prova, em Alicante, é levar a equipe ao porto com segurança. Uma vez que consigamos isso, temos tempo para nos informar mais detalhadamente e garantir que quaisquer lições que possam ser aprendidas com o que aconteceu com John serão incorporados pelo resto da frota daqui para frente”.

Esta edição da Volvo Ocean Race já havia sido manchada por uma colisão envolvendo o Vestas 11 Hour Racing e um barco de pesca que matou um pescador em janeiro.

A Volvo Ocean Race é uma regata de 45 mil milhas náuticas ao redor do mundo. A atual etapa, a sétima, vai de Auckland, na Nova Zelândia, até Itajaí, no litoral de Santa Catarina, em um percurso de tem 7.600 milhas náuticas.

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