A impactante goleada sobre o Brasil foi uma tremenda vitória pessoal para Joachim Löw, treinador que é bastante criticado na Alemanha. O motivo é simples: o trio de meio de campo no qual ele colocou todas as suas fichas deitou e rolou em cima do confuso time brasileiro.
Schweinsteiger foi o responsável por proteger a defesa e iniciar as jogadas de ataque. Toni Kroos impôs à partida o ritmo que desejou e ainda apareceu na área para fazer gols. E Khedira fez uma das melhores partidas da carreira. Ele pressionou a saída de bola brasileira, conduziu sua equipe ao ataque e também marcou seu gol.
Saiu tudo do jeito que Löw imaginava. Quando montou o meio de campo com esses três jogadores, o que ele queria era exatamente controle da posse da bola, pressão sobre os adversários e chegada com qualidade à área. Não foi por acaso que o técnico fez um enorme esforço para tê-los no Mundial.
Khedira sofreu uma gravíssima lesão de joelho no ano passado e nada indicava que ele poderia jogar a
Copa. Pois Löw esperou por ele até o último instante. Schweinsteiger, por sua vez, teve uma temporada marcada por problemas físicos, mas o treinador em nenhum momento desistiu dele. Os dois chegaram à Copa em má forma, mas foram evoluindo com o passar das semanas e agora estão em condições de brilhar, como pôde comprovar o time do Brasil.
Quanto a Kroos, o problema não foi físico, mas tático. Para acomodá-lo como um autêntico camisa dez, Löw deslocou Özil para os lados do campo, o que atraiu muitas críticas, mas mostrou-se um acerto.
“A presença física de Khedira nos duelos de meio de campo é incrível, ele avança muito bem em direção ao ataque”, disse Löw. “Toni Kroos pode fazer muitas coisas com as habilidades que tem. Nosso meio de campo tem sido dominante no Mundial e Toni tem muito a ver com isso”, completou o técnico, que também não se cansa de elogiar Schweinsteiger.