Atlético, Coritiba e Paraná já têm data marcada para eleger seus futuros presidentes e grupos gestores. Enquanto o Coxa busca um consenso, rubro-negros e tricolores tendem a ir pro bate-chapa.
No caso dos dois clubes, o desempenho dos times em campo será decisivo para um ou outro ganhar. No Furacão, há um componente novo: quem se eleger, será o presidente da Copa. Confira como o trio se movimenta para ir às urnas:
No Furacão, Brasileirão será decisivo
Elaine Felchacka
O Atlético vai escolher seus novos presidentes dos conselhos administrativo e deliberativo no dia 8 de dezembro.
Por enquanto, os nomes dos concorrentes que disputarão as eleições para o próximo triênio são apenas possibilidades aventadas.
Este ano, a eleição será diferente de todas as outras e traz um atrativo a mais: a pompa de quem for eleito se tornar o presidente de um clube que terá jogos da Copa do Mundo de 2014 em sua casa.
O processo eleitoral ainda não foi deflagrado oficialmente, apesar da guerra de bastidores.
“Está tudo tranquilo ainda. Quando esta movimentação iniciar, vamos eleger uma comissão que ficará responsável apenas pelas eleições. Quanto a nomes, oficialmente não temos nada, só pessoas aventadas”, disse Gláucio Geara, presidente do conselho deliberativo e que conduzirá as eleições.
Com a data limite para registro das chapas marcada para 8 de novembro, a ratificação dos candidatos só deve acontecer alguns dias antes do prazo. Por enquanto, três nomes surgem como pré-candidatos: Mário Celso Petraglia, ex-presidente e comandante da comissão que está responsável pelas obras na Arena da Baixada para a Copa do Mundo; o empresário Enio Fornea, que fazia parte da atual gestão, mas pediu afastamento; e Toni Casagrande, jornalista e que já foi integrante do departamento de comunicação do Furacão.
Petraglia foi o primeiro a admitir fazer parte do pleito, anunciando sua participação em junho. Toni Casagrande, logo na sequência, também mostrou interesse, mas nunca falou oficialmente. Enio é o único que não falou sobre o assunto, mas é o nome preferido do atual presidente, Marcos Malucelli.
Saber se Fornea ou Petraglia são favoritos, assim como qualquer outro conselheiro que se sinta preparado para assumir o clube, só será possível no dia 4 de dezembro, quando termina o Campeonato Brasileiro. A permanência do Atlético na Série A será decisiva no pleito.
Porém, independentemente de quem vencer, o eleito terá um triênio (2012, 2013 e 2014) complicado pela frente. Primeiro, precisará resgatar o futebol do clube; segundo, conciliar a bola com as obras no estádio.
Coxa elegerá o novo G5
Rodrigo Sell
Como o contingente de votos será bem maior que em eleições passadas, o conselho deliberativo estuda adotar votação eletrônica nos mesmos moldes da realizada no ano passado, na escolha da terceira camisa, para que o resultado seja conhecido com rapidez e precisão.
“Estamos estudando para fazer a votação por meio eletrônico por que em papel será muito trabalhoso”, explica Omar Akel, presidente do conselho deliberativo alviverde.
O prazo para inscrições das chapas deve abrir no mês que vem. “No final de novembro, os associados que estiverem em dia estarão aptos a votar. Já publicamos a convocação para a eleição e os nomes dos potenciais eleitores com 90 dias de antecedência para evitar problemas de última hora”, avisa Omar Akel.
Segundo ele, conforme previsto no novo estatuto do Coxa, serão escolhidos cinco nomes para o conselho administrativo, que passa a ser G5, e 160 ,nomes para o conselho, que também contará com conselheiros natos (ex-presidentes) e vitalícios (escolhidos após 12 anos de participação efetiva no conselhão).
De acordo com Akel, até o dia 10 de outubro o regulamento operacional da eleição deverá ser publicado no site do clube. “A partir daí é que começa a aquecer o processo”, projeta o dirigente. O regulamento trará algumas instruções como as condições para alguém se candidatar ao G5. Uma delas é ter quatro anos de participação no legislativo do clube.
Até o momento, as conversas caminham para uma composição entre a atual diretoria e um ou outro componente de outra ala para formar os comandantes do triênio 2012/2013/2014, com o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade despontando como candidato natural ao comando do G5. A oposição ainda não se manifestou se lançará uma ou mais chapas.
Tricolor prevê bate-chapa
Irapitan Costa
Haverá eleições para os conselhos deliberativo, fiscal e diretor. “Hoje, a mobilização é para a volta à Série A. Então, internamente, não vemos nenhum movimento até aqui. É quase como se não tivéssemos eleição”, analisou o presidente do conselho deliberativo, Benedito Barboza, que estuda se recandidatar ao cargo.
Tanto o pleito para o deliberativo quanto para o fiscal acontecem no dia 5 de outubro.
“Após isso, dentro de quinze ou vinte dias, haverá uma sessão para a posse dos novos conselheiros e para a eleição da mesa do deliberativo”, resumiu. “Paralelamente a isso, já temos definida a data para a eleição do conselho diretor, que será no dia 9 de novembro”, completa Benedito Barboza.
As questões políticas estarão intimamente ligadas ao desempenho do time na Série B. “É uma questão natural. Até aqui, não vi nenhuma manifestação de qualquer eventual candidato”, afirma Barboza.
Só que a tendência é que haja bate-chapa, mas a situação prefere se calar. Aramis Tissot, na condição de presidente em exercício, diz estar focado somente na volta à elite nacional. Nem mesmo o afastado Aquilino Romani se manifesta sobre uma eventual possibilidade de ser o candidato da situação.
Da mesma forma, possíveis opositores, como José Carlos de Miranda e José Domingos, têm se mantido distantes de qualquer especulação sobre o pleito, mesmo sendo já um período de contagem regressiva – faltam menos de dois meses para a eleição que apontará o presidente do Paraná Clube para o biênio 2012-2013.