Trio de ferro quer conquistar o torcedor paranaense

E o Norte? E o Oeste? E o Sudoeste? Quando se fala em marketing esportivo no Paraná, sempre se colocam empecilhos pelo caminho. Afinal, como Atlético, Coritiba e Paraná Clube vão entrar em regiões dominadas por torcedores de Corinthians, Santos, Flamengo, Internacional e Grêmio? É um desafio e tanto, que precisa ser encarado com muita paciência.

O primeiro passo é simples – quer dizer, para quem não vive no futebol é simples. “Nós temos que ter sucesso no campo. Sem isso, não tem jeito”, ensina Waldomiro Gayer Neto, vice-presidente do Paraná.

“Nós tivemos uma experiência quando vendemos os jogos para Maringá. Eu fui o único contrário, porque sabia que só sairíamos perdendo. Não é assim que a gente ganha simpatia”, relata o dirigente tricolor.

“O Paraná é um estado diferente. Tem peculiaridades na colonização, na distribuição da riqueza, na penetração de mídia, na cultura. E isto se reflete quando se vai a Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá ou Londrina. Esta é uma situação que a gente precisa entender”, comenta o superintendente de marketing do Atlético, Paulo César Verardi. “Achávamos que, quando perdemos o mando de campo no Brasileiro do ano passado, levando a partida para Cascavel teríamos uma certa vantagem. Quando vimos, o Santos tinha 95% do público no estádio”, conta o diretor de marketing do Coritiba, Roberto Pinto.

A ideia para chegar ao Norte, ao Sudoeste e ao Oeste é primeiro firmar as bases em casa. “Já tem muita gente aqui em Curitiba e na região metropolitana torcendo para outros clubes. No momento em que a mídia local não privilegia os times daqui nós levamos desvantagem”, alerta Roberto Pinto.

“Por isso precisamos de um esforço conjunto pelos times da capital. O que eu fizer de bom para o Coritiba será positivo para o Atlético e para o Paraná Clube. E as recíprocas serão verdadeiras. Com trabalho e a compreensão dos torcedores, poderemos chegar lá”, finaliza o dirigente coxa.