Opinião da Tribuna

Foi difícil, foi no sufoco, mas o Trio de Ferro passou. E nós estamos juntos!

Weverton, Werley e Renatinho, os herois da "superquarta". Fotos: Hugo Harada, Eliezer Oliveira/Estadão Conteúdo e Miguel Pessoa/Estadão Conteúdo

Tivemos a primeira “superquarta” da temporada nesta semana. E foi muito positiva para o Trio de Ferro, com a classificação do Atlético pra terceira fase da Copa Libertadores e de Coritiba e Paraná Clube pra segunda fase da Copa do Brasil. Ótimo resultado pro nosso futebol, seguimos adiante nas competições, temos mais desafios, vamos ter jogos importantes, teremos renda, visibilidade, transmissão de TV.

“Ora, mas não foram vocês que disseram que foi no sufoco, que todo mundo do Trio de Ferro jogou mal? Que se classificaram com as calças na mão? Que não jogaram nada? Que precisam melhorar muito pra chegar em algum lugar?”. O leitor desta Opinião pode se perguntar, pode estar falando isto neste exato momento. Respondo que se não falamos tudo isso aí em cima, algumas falamos mesmo. E não as negamos.

Isto porque exaltar uma classificação não tem que necessariamente nos obrigar a vendar os olhos para o que acontece. Pelo contrário, estamos felizes sim. Claro que estamos. Ou acham que as classificações do Trio de Ferro não são interessantes pra Tribuna? São e por diversos motivos. Para o jornal e para o nosso site, são porque nos geram mais acessos, porque mais pessoas querem curtir a conquista do time do coração, mais pessoas interagem com comentários, curtidas no facebook e ações no twitter e, claro, compram mais a edição impressa.

Pra nós, jornalistas, é um tremendo incentivo. Porque é graças ao sucesso dos nossos times que nosso trabalho aparece. Imagino que vocês assistam os canais nacionais. Já viram quanta gente nossa há por lá? Muitos deles ganharam a chance no tempo em que o Trio de Ferro brilhava. Sim! 1996, Atlético entre os oito do Brasileiro. 1998, Coxa entre os oito do Brasileiro. 1999, Atlético campeão da Seletiva. 2000, Atlético na Libertadores e Paraná campeão do Módulo Amarelo da Copa JH e entre os oito do Brasileiro. 2001, Coxa entre os quatro da Copa do Brasil e Atlético campeão brasileiro. 2002, Atlético na Libertadores. 2003, Coxa entre os cinco do Brasileiro. 2004, Coxa na Libertadores, Atlético vice brasileiro. 2005, Atlético vice da Libertadores. 2006, Paraná entre os cinco do Brasileiro. 2007, Paraná na Libertadores.

Um período de brilho. Em que os jornais vendiam, em que todas as emissoras de TV tinham programa de esporte, havia uma dezena de equipes esportivas de rádio. A classe tinha mercado. Os clubes vendiam bem. Os estádios tinham mais gente. E há quem ainda ache que vamos torcer contra?

Se há quem torça contra, aí não fazemos nada. Torcemos sim pelo Trio de Ferro e pelo futebol paranaense (desde já somos PSTC contra o São Paulo). Não fugimos da crítica, apontamos os erros que julgamos necessários serem apontados. Mas queremos sim que Atlético, Coritiba e Paraná Clube vão o mais longe possível nas competições que disputarem. Queremos estádios lotados, clubes fortes e torcidas satisfeitas.

Além do olhar corporativista, tem o gosto pessoal de muita gente, tem a alegria de familiares, filhos, namoradas, tem a zoeira do dia seguinte no grupo de WhatsApp dos velhos amigos do colégio. É todo mundo normal. Apesar de não parecermos.

Aconteceu no domingo

Conto um exemplo do que pensamos por aqui. Até semana passada, usávamos um termo que, aqui na redação, achávamos comum e disseminado pela torcida de um clube do Trio de Ferro. Até eu abrir uma rede social e me deparar com uma enxurrada de críticas. Aí descobri que o termo, que no meu tempo de repórter era simpático e adotado pelo próprio clube, hoje virou motivo até de briga. O que resta à gente aqui? Repensar o assunto, olhar pra quem realmente interessa pra gente, o leitor, o torcedor.

É pra você que tá aí lendo que é feita a Tribuna. Acertamos todas? Claro que não. Concordaremos com tudo? Espero que não, porque não é assim que as coisas são. Mas estaremos do lado do Trio de Ferro? SEMPRE.

Essas são as capas que a gente quer FAZER SEMPRE.
Essas são as capas que a gente quer FAZER SEMPRE pro Trio de Ferro.

Como nosso projeto editorial diz, queremos levar o sorriso ao leitor. E o que leva o sorriso ao torcedor? A vitória, o triunfo, a conquista. Pode até ser no sofrimento, como evidentemente foi para o Trio de Ferro na quarta-feira (8). Mas nos classificamos. Os próximos rivais já estão na mira. Que eles também fiquem no caminho. Nós estaremos juntos na torcida.

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