O torcedor paranista já está apreensivo de antemão. Afinal, o jogo de hoje marca o “reencontro” com o árbitro Wagner Tardelli Azevedo. O apitador ficou atravessado na garganta dos tricolores por ter interferido diretamente na eliminação do Paraná Clube na Copa do Brasil do ano passado.
Com inúmeros erros, colaborou com a goleada aplicada pelo Internacional (5×1), no Beira-Rio. Na época, Tardelli virou alvo de uma reação virtual dos torcedores paranistas e chegou a procurar a polícia alegando perseguição.
O jogo em questão foi disputado no dia 23 de abril de 2008. O Paraná, que venceu o jogo de ida por 2×0, tinha ampla vantagem. Aumentada logo no início do jogo, num gol de Fábio Luís (aos 3 minutos).
Mesmo com o empate dois minutos depois, o Tricolor se mantinha bem no jogo, já que poderia até perder por 3×1, que mesmo assim estaria classificado. Então, Tardelli entrou em cena, com expulsões polêmicas de Angelo (21 minutos) e Joelson (34, este, junto com o zagueiro Sidnei, do Inter).
O colorado gaúcho fez mais dois gols no primeiro tempo e diante de um adversário nocauteado aplicou a goleada e garantiu vaga nas quartas-de-final do torneio.
Para Zetti, é assunto passado e que ele prefere não levar em conta. “Conheço o Tardelli há muito tempo e ele sempre teve um bom desempenho nos jogos em que eu estava presente. Espero que seja assim em Caxias do Sul, que o jogo seja decidido sem nenhuma interferência externa”, ponderou Zetti.
“Hoje, só posso dizer que trata-se de um árbitro qualificado e experiente. Depois do jogo, a gente analisa o desempenho do Tardelli”, arrematou o treinador, evitando polemizar o tema.
A diretoria, porém, não tem a mesma serenidade. “Ele tem antecedentes e isso preocupa muito. Mas, quero ser o primeiro a cumprimentá-lo após o jogo, caso tenha uma boa arbitragem”, arrematou o diretor de futebol Paulo Welter.