Uma saída emergencial para o crítico momento financeiro do clube. Foi assim que a diretoria do Paraná Clube taxou a negociação do meia Lúcio Flávio para o Coritiba. O presidente Enio Ribeiro disse ter feito “toda a engenharia possível” para segurar o craque em suas fileiras. “Mas, se a decisão foi difícil, foi também centrada na responsabilidade”, destacou. Com salários atrasados e sem perspectivas de receitas extras – ainda não conseguiu negociar o patrocínio de sua camisa -, não poderia bancar o padrão salarial de Lúcio Flávio.
A origem do problema ocorreu com o retorno do meia após um semestre no São Paulo. Para continuar com Lúcio Flávio, o Paraná teria que pagar ao jogador aproximadamente o dobro do que hoje considera o seu “teto salarial”. Em meio a várias propostas – Atlético Mineiro, Botafogo, Goiás e São Caetano – pesou a posição de Lúcio Flávio. “Ele tinha o desejo de permanecer na cidade, pois recém casou”, comentou Enio Ribeiro. O presidente não quis confirmar valores, mas disse que o Coritiba acertou um pagamento substancial pelo empréstimo do jogador, em cinco parcelas (período em que Lúcio ficará no Alto da Glória).
“Os direitos federativos do meia foram fixados em um valor bem acima do mercado brasileiro”, informou o presidente paranista. O objetivo é apostar em uma boa performance de Lúcio Flávio neste Brasileiro e no fim do ano viabilizar a sua negociação para o exterior. O dirigente disse que a definição teve aprovação de toda a diretoria e, neste momento, a única decisão que o clube não poderia tomar seria a de comprometer a já delicada situação financeira “apenas por vaidade”.
Lúcio Flávio vai, Márcio fica. Enio Ribeiro confirmou que dois clubes estão insistindo na contratação do artilheiro, mas em padrões pouco atrativos. Até agora, Flamengo e Corinthians só falam no empréstimo do jogador (e por valores irrisórios). “O Márcio pode até ser negociado, mas somente vendido e por um valor substancial”, disse o presidente.
Otacílio ajusta a equipe titular
A partir de agora, somente treinos técnicos e táticos para os jogadores do Paraná Clube. O técnico Otacílio Gonçalves aperta o passo para ajustar a equipe para o Brasileirão. O time base tem Marcos; Bosco, Xandão, Fábio Luís e Fabinho; Leandro, Sidnei, Ronaldo e Maurílio; Dennys e Luciano.
Mesmo treinando entre os titulares, o atacante Luciano só tem contrato até o fim do mês. O Paraná ainda precisa negociar sua permanência com o ex-artilheiro Saulo, procurador do garoto.