O fracasso ainda não foi digerido. Visivelmente decepcionado, o técnico Paulo Comelli fez várias restrições ao comportamento do Paraná Clube na derrota (3×1) para o Brasiliense.

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A rigor, o grupo “jogou no lixo” o que construiu nas duas últimas jornadas, nas quais buscou fora de casa – e com muita raça – quatro pontos. Um resultado positivo na última terça-feira serviria não apenas para consolidar a reação do Tricolor, mas para colocar uma distância segura para a zona do rebaixamento.

O revés faz com que as nuvens da desconfiança voltem a pairar sobre Vila Capanema. O próprio Comelli – que até então apostava apenas nos resultados do seu time – admitiu que neste fim de semana e nas próximas rodadas “secar” os rivais será importante.

Afinal, uma combinação de resultados nos jogos de amanhã e sábado poderá colocar o clube de volta à beira do abismo, na 16.ª colocação. “Hoje, estaríamos comemorando uma vantagem de sete pontos para a ZR. Mas deu tudo errado”, lamentou o treinador.

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Após colecionar cinco vitórias seguidas em casa, o Tricolor perdeu justamente para um adversário direto, que assim lhe “roubou” o 12.º lugar. A sorte do Paraná é que muitos dos rivais têm jogos dificílimos contra equipes que ainda sonham com a volta à primeira divisão do futebol brasileiro.

São os casos de Gama, Criciúma e Fortaleza, que encaram Avaí, Bragantino e Ponte Preta, respectivamente. A rodada prevê ainda um confronto direto entre Marília e América-RN. A missão mais fácil, na teoria, é a do ABC, que joga em casa contra o São Caetano.

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“Temos dois jogos dificílimos pela frente. Então, temos que secar mesmo”, disse Comelli. Paralelamente a essa torcida, o treinador tentará detectar os motivos que fizeram o Paraná cair tanto de produção. “O primeiro tempo me assustou. O Brasiliense nos envolveu na força, erramos muitos passes (33) e fomos mal nos rebotes ofensivos e defensivos”, destacou o treinador paranista. Para Comelli, o time conseguiu reagir na fase final, mas cometeu deslizes em momentos chaves.

“Tínhamos empatado quando eles estavam com um jogador a menos. Mas cometemos a mesma falha. Quando o Pituca saiu para ser atendido pelo médico, ninguém ocupou o meio-de-campo”, lamentou Comelli, que admitiu ter perdido a calma completamente neste lance. “Até joguei o rádio – com o qual se comunicava com o auxiliar André Chita – no chão. Foi um vacilo imperdoável para um time maduro como o nosso”, desabafou. Nas contas da comissão técnica, o Paraná ainda precisa de oito pontos (agora em apenas sete jogos) para se livrar do fantasma da Terceirona.