O Paraná Clube, após a vitória sobre o vice-líder Guarani, viu seu risco de rebaixamento cair a quase zero (1% segundo o site infobola.com.br e 0,2% pelo chancedegol.com.br).
Mais do que isso: o clube chegou à sua melhor colocação desde que passou a integrar a Série B. A 10.ª colocação, que não satisfaz o torcedor paranista, é uma conquista do técnico Roberto Cavalo, que precisou de quarenta dias para dar novos rumos ao Tricolor e “ganhar” o grupo com seu estilo simples e trabalhador.
Os números comprovam o bom momento do Paraná. Com 58,33% de rendimento, Cavalo já é o melhor técnico do clube nesta Segundona, desbancando Sérgio Soares, que largou o Tricolor para tentar salvar o Santo André -até agora sem sucesso – na Série A.
O desempenho do Tricolor sob a direção de Cavalo é, por exemplo, superior ao do Atlético-GO, quarto colocado da Segundona, com 56,98%. “Não fossem aqueles deslizes em casa, estaríamos bem vivos na briga”, admitiu o treinador, logo após a vitória sobre o Bugre (2×0).
Cavalo lamenta os pontos perdidos para Juventude, Figueirense e Portuguesa, mas entende que esses tropeços são normais num processo de transição. “Acredito que agora encontramos a formação ideal, segura na defesa e veloz lá na frente”, disse Cavalo.
Mesmo com chances matemáticas reduzidas, o treinador, diante desse quadro, ainda não jogou a toalha quando o assunto é o “G4 do bem”, como ele costuma dizer. “Ainda há uma faísca. E temos que acreditar nela”, frisa, usando como exemplo as edições passadas da Série B.
Desde que a competição passou a ser disputada por pontos corridos, em 2006, todos os clubes que chegaram aos 63 pontos conseguiram acesso para a primeira divisão.
Para chegar à essa marca, porém, o Paraná teria que ser simplesmente perfeito na reta final: garantir sete vitórias e 100% de aproveitamento nos três jogos em casa e quatro fora que ainda disputa.
“Parece um sonho. Mas, o primeiro passo é fazer a nossa parte”, afirmou Cavalo, animado com o novo trio ofensivo do time, formado por Davi, Rafinha e Marcelo Toscano.
Com o rendimento de 58,33%, Roberto Cavalo deixou para trás Sérgio Soares (51,28%) e Zetti (29,63%), os outros comandantes paranistas nesta edição da Série B. A atuação frente ao Guarani foi, para o treinador, uma prova de que o Paraná é capaz de jogar bem, independente do local da partida. “Se começamos apenas somando pontos fora, hoje o time já atingiu um maior equilíbrio. Quem sabe não partimos para uma arrancada nessa reta final?”.
