O Paraná Clube voltou a vencer em casa, saiu do sufoco e se manteve colado no G4, agora na 5.ª colocação da Série B. Num jogo tenso, o time de Roberto Fonseca fez 2×0 no Boa Esporte, recuperou a sua autoestima e com muita luta deixou a sensação de que irá reconquistar também a confiança do seu torcedor.

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Na matemática do acesso, o Tricolor corre atrás de mais dez vitórias para fechar o ano na primeira divisão nacional. Precisando desesperadamente da vitória, o Paraná voltou a jogar com dois meias de criação.

Packer entrou com a missão de auxiliar Welington na articulação do meio-campo. Com Ricardinho, Fonseca idealizava ainda um time mais veloz. Alterações que, na prática, esbarraram na bem postada defesa do Boa.

O time mineiro tem a zaga menos vazada da competição e o Tricolor não conseguia furar esse bloqueio. O jeito foi insistir nas cobranças de falta de Welington.

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O camisa 10 usou todo seu repertório, com bola no alto, no chão, em cruzamentos. Mas, quando a zaga não “espanava” o goleiro Luiz Fernando mostrava reflexo e boa colocação.

Ele salvou o Boa pelo menos duas vezes, com os pés, aos 28 minutos, e de mão trocada, aos 34. Antes dessas jogadas, o Paraná levara apenas um susto, quando Jheimy mandou a bola pra rede, mas o árbitro marcou impedimento do ataque mineiro.

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Aos 37 minutos, foi a vez do Paraná reclamar da arbitragem, o zagueiro Cris foi seguro por Thiago Carvalho, mas o paraibano João Bosco da Nóbrega não viu o pênalti.

A pressão do Tricolor era intensa e aos 42 minutos, Ricardinho escorou para Hernane e o camisa 9, de cabeça, mandou a bola na trave. Logo depois veio o primeiro gol paranista.

Packer dividiu com Marinho Donizete e o juiz marcou a penalidade máxima. Ricardinho, com categoria, colocou a bola no canto esquerdo: 1×0, aos 44 minutos.

Só que no lance seguinte, Serginho seria expulso. No intervalo, Fonseca trocou Welington por Maycon Freitas, reforçando a marcação. O Boa se lançou à frente e a pressão foi inevitável. Porém, os mineiros não conseguiam entrar na área.

A melhor oportunidade veio num tiro de longe de Claudinei, na trave. Lima, de falta, quase fez o segundo. O jogo ficou ainda mais dramático quando Laércio, aos 30, tocou por cima do travessão. Fonseca, então, lançou o ala Gleydson como ponta-direita.

Improvisado, o jogador decidiria a partida para o Paraná. Aos 41 minutos, participou do lance que definiu a expulsão de Marinho Donizete. Mas, foi além, aos 47, tabelou com Hernane, entrou na área e com um chute cruzado fechou o placar: 2×0.