O Paraná Clube faz amanhã, às 21h50, no Amigão, em Campina Grande (PB), um jogo de risco. Frente ao Campinense, lanterna absoluto da Série B, o time de Sérgio Soares tem a chance de por um fim à sua “vocação de Robin Hood” e conseguir um distanciamento da área de risco. Apesar da boa vitória na semana passada (4 a 1 no Bragantino), os resultados da rodada deixaram o Tricolor na 14.ª colocação, apenas 1 ponto acima da zona do rebaixamento.

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Desde a queda para a Segundona, o Paraná jamais atingiu uma condição de conforto, na metade de cima da tabela de classificação. Ano passado, a melhor colocação foi um 11.º lugar, obtido apenas nas últimas rodadas, quando se livrou do “fantasma da degola”. Depois de novo início marcado por turbulências, o Tricolor se reformulou e agora parte atrás de uma recuperação na Série B. Para a comissão técnica, a arrancada deve ocorrer agora. A meta de Sérgio Soares é fechar o turno com 29 pontos.

Para atingir esse patamar, só há uma alternativa: vencer. O Paraná teria que superar Campinense, Vila Nova e Fortaleza. Na teoria, os resultados da última rodada não foram tão bons, pois determinaram a queda de quatro posições com os jogos de sexta-feira e sábado. Porém, na projeção de ainda lutar pelo acesso, os tropeços dos times de cima da classificação foram sob medida. A distância para o G4 ficou em 8 pontos. “Temos que reduzir essa diferença nesses três jogos, para então fazermos novas contas para o returno”, comentou o zagueiro Dedimar.

Ajustes

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Os jogadores sabem que apenas com um “desempenho de campeão” é possível acreditar no acesso. “Por isso, vamos com calma, jogo a jogo”, avisou o ala Marcelo Toscano. “O time está se ajustando àquilo que o Sérgio Soares gosta, ao seu estilo de trabalhar e cobrar. Dá pra tirar essa diferença, se mantivermos a mesma pegada do último jogo”. Essa é, na verdade, uma promessa do treinador. Sérgio Soares garantiu que aquele “marasmo” visto diante de ABC e Duque de Caxias não irá se repetir. “Já é página virada. O grupo entendeu que só jogando no limite vai conseguir os resultados. E não será diferente, mesmo diante do último colocado”, disse o treinador. Um exemplo disso é a goleada imposta recentemente pelo Campinense ao Figueirense (4 a 2). “A competição é muito equilibrada. Talvez um ou dois times estejam num momento de maior tranquilidade. Mas a competição está muito igual”, lembrou o atacante Wando. Uma igualdade de forças que faz a comissão técnica paranista trabalhar jogo a jogo. Na teoria, o Paraná teria que vencer mais 14 jogos dos 22 que disputará. “Não adianta ficar pensando lá na frente. Nossa decisão é agora, já diante do Campinense”, arrematou Wando.