Tricolor sonha com retorno à elite do futebol brasileiro

Com esperanças renovadas, o Paraná Clube inicia nova caminhada na Série B. Pela quarta vez consecutiva, tenta deixar para trás erros estratégicos e sonha em voltar ao show maior que é a primeira divisão do futebol brasileiro.

Na frieza dos números, o Tricolor vive o pior momento de sua história. Afinal, não bastasse a distância econômica imposta pelas cotas de TV, o clube ainda “pagou o mico” de cair para a Segunda Divisão do modesto futebol paranaense.

Uma carga que esse novo grupo espera deixar bem distante da Vila Capanema. “O momento é outro. O grupo é outro. Iniciamos a competição confiantes no acesso. Todos estão pensando assim e espero que a torcida também pense desta forma”, disse o goleiro Zé Carlos, uma referência no atual elenco.

Afinal, o jogador já conhece muito bem o clube. Em 2009, ele chegou ao Paraná Clube e precisou de pouco tempo para assumir a camisa 1. O time que fechou a Série B daquele ano tinha ainda jogadores do nível de Rafinha e Davi, hoje referências do Coritiba.

Após aquela temporada, o Paraná, quase sempre refém da falta de recursos para investimentos, montou e remontou seu time inúmeras vezes, sendo que na maioria das vezes premido pela necessidade de se reforçar para não cair.

“Desta vez será diferente. Conheço muitos desses jogadores e quem está chegando tem espírito vencedor. Vamos batalhar muito para recolocar esse clube na primeira divisão”, cravou o experiente zagueiro Cris. “O jogo deste sábado (hoje) é só a primeira batalha. Estamos prontos pra guerra”, completou Zé Carlos.

Depois do time “econômico” do Estadual, o clube decidiu abrir a torneira e investir na volta à primeira divisão. “Não dá mais para ficar adiando. Temos que voltar à Série A”, disse o presidente Aramis Tissot, que assumiu a cadeira do licenciado Aquilino Romani.

Internamente, todos imaginam que o grupo que está sendo formado (nas projeções, ainda acreditam que mais três contratações são necessárias) é tecnicamente superior ao do ano passado.

Em 2010, vale ressaltar, o Paraná foi 7.º colocado e só não subiu por conta dos problemas financeiros. “Tínhamos um bom time. Mas perdemos peças-chaves como Toscano, João Paulo e Gilson. Além disso, os atrasos salariais foram um verdadeiro desastre. Nosso desafio é impedir que isso se repita”, disse Aramis Tissot.

Com cotas de TV irrisórias, a saída do clube é buscar patrocinadores que garantam a saúde financeira do departamento de futebol e acreditar nas parcerias que propiciaram a montagem deste elenco, através de Vavá Ribeiro e Marcos Amaral.

Com o grupo formado e sem crises internas , o Paraná joga as fichas no comando de Ricardo Pinto, um vencedor como atleta, e que espera repetir essa história também na condição de treinador.

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