O Paraná Clube ficou em situação delicada ao empatar em 2 a 2 com Malutrom, ontem à tarde, no Pinheirão. Com o resultado, o Tricolor terá que vencer os dois últimos jogos da primeira fase para se classificar às quartas-de-final do estadual. O primeiro deles é no domingo, contra o Rio Branco, que também tem seis pontos e jogará em casa. Já o Malita pode carimbar o passaporte à próxima fase se vencer o Prudentópolis, também no domingo, no Estádio do Pinhão.
A partida de ontem foi marcada por etapas opostas. Apesar de o Paraná necessitar da vitória, o Malutrom ditou o ritmo do jogo no primeiro tempo, marcando dois gols. Na etapa complementar, foi a vez do Tricolor reagir, mas não com força suficiente para virar a partida.
Jogando mais compacto, o Malita envolveu a defesa paranista desde o início da primeira etapa. No entanto, o primeiro gol do alviceleste veio apenas aos 32 minutos. Em uma jogada de velocidade, o lateral-esquerdo Leandro deixou Fernando Lombardi para trás e cruzou redondo. Sem marcação, Murilo cabeceou certeiro para abrir o placar. O segundo gol veio em um lance semelhante. Aos 45 minutos, em um contra-ataque, mais uma vez Leandro cruzou da esquerda. Só que desta vez Murilo chutou cruzado, sem ângulo, não dando chances ao goleiro Darci.
Revoltada, a torcida partiu para a boca do túnel no intervalo, pedindo a cabeça do técnico Caio Júnior e pedindo a saída do atacante Dauri. A despeito da pressão, o capitão da equipe Émerson prometeu, antes de seguir para os vestiários. ?Temos força para reagir. Vamos reverter.?
Era um presságio do que aconteceria no segundo tempo. A necessidade da vitória fez o treinador paranista partir para o tudo ou nada. Ele sacou o volante Fernando Miguel, que fazia as vezes de terceiro zagueiro, e lançou o lépido atacante Waldir. Com três atacantes, o Paraná começou a pressionar o Malutrom. Para complicar, o meia Dudu, cansado, teve que ser substituído, deixando a meia ofensiva do Malita sem a agilidade da primeira etapa.
Com o novo panorama, não demorou muito para o gol tricolor sair. Aos 10 minutos, Marquinhos invadiu a área e foi derrubado por Gustavo. A fim de fazer as pazes com a torcida, Flávio chamou a responsabilidade da cobrança e conferiu, aos 11 minutos.
Empolgado, o jogador partiu para cima da defesa adversário dois minutos depois, passou por todos os defensores e marcou um belo gol. A festa do atacante seria completa, não fosse a sua expulsão em um lance em cima de Gustavo, no meio-campo. Apesar da desvantagem numérica, o Paraná continuou pressionando, mas não o suficiente para conquistar a vitória.
Paraná ainda está vivo
Dos males, o menor. O empate com o Malutrom ao menos não sepultou as chances de classificação do Paraná a duas rodadas do término da primeira fase do campeonato paranaense. E o poder de reação apresentado pelo time na segunda etapa do jogo com o Malita é o argumento usado pelo técnico Caio Júnior para manter o astral. ?Enquanto houver chances, vamos lutar?, disse o treinador, que deixou o gramado descontente com a arbitragem de Evandro Rogério Roman. ?Ele não usou do mesmo critério nas marcações de falta?. Uma possível penalidade de Leandro em cima de George, aos 25 minutos, também foi questionada.
O desafio do Paraná começa no domingo, contra o Rio Branco, adversário direto por uma vaga. Para esse compromisso, o treinador não terá Fabinho, que recebeu o terceiro amarelo e Flávio, que foi expulso. Em contrapartida, a equipe poderá com o reforço da zaga titular Roberto e Ageu que cumpriram suspensão ontem. O Paraná vai para a última rodada tendo que vencer a Portuguesa Londrinense. ?Não tem outra opção. Vamos ter que lutar com todas as forças para conseguir as duas vitórias?, concluiu o goleiro Darci.
