Não bastando a condição de ter um time jovem e carente de atletas mais experientes, o Paraná Clube cada vez mais passa a se deparar com um novo problema: o fator emocional. Os jogadores alegam que estão psicologicamente afetados e por isso andam cometendo falhas incomuns dentro de campo, o que acaba tendo como consequência a lanterna do Paranaense 2011, com apenas dois pontos e nenhuma vitória.
Percebendo que o elenco paranista atualmente anda cabisbaixo, o treinador interino Ageu afirmou que pretende ter uma conversa sobre o assunto com o futuro treinador.
No intervalo da derrota, contra o Iraty, uma fala do volante Luiz Camargo resumiu a atual situação psicológica do grupo. “Estamos sem confiança, não estamos conseguindo jogar”.
Outro atleta que se mostrou abatido foi o atacante Kelvin, estrela do time. Sem conseguir resolver sozinho os problemas do Tricolor, o atacante também não está conseguindo repetir as boas atuações que teve na Série B do Brasileiro 2010. “Infelizmente, hoje (ontem) não deu novamente”, disse.
O goleiro Jociel também deu seu parecer sobre a questão que tanto anda incomodando na Vila Capanema. “Temos que trabalhar (o psicológico), pois isso não pode acontecer com o Paraná, não. A gente vai sair dessa”, disse, após a derrota de ontem, crendo em dias melhores, na tabela e para a cabeça.
Passado
Não é a primeira vez que o elenco do Paraná Clube alega a existência de problemas psicológicos e de auto-estima, atrapalhando o desempenho do time dentro de campo. No ano passado, depois de uma crise no início do Campeonato Paranaense, o psicólogo Gilberto Gaertner precisou ser contratado para realizar uma série de palestras com os jogadores paranistas. Deu certo e o Tricolor da Vila Capanema terminou a competição na honrosa quarta colocação. O mesmo trabalho também foi realizado em 2004, quando as palestras do psicólogo Gilberto Gaertner ajudaram o Paraná Clube a escapar do rebaixamento para a Segundona do Campeonato Brasileiro.