Tricolor sai da decisão honrado

Agoleada por 4 a 1 em cima do Atlético Paranaense, que acabou com um jejum de vitórias do Tricolor contra o Rubro-negro que já durava três anos e meio, pode não ter levado o título de supercampeão paranaense para a Vila Capanema, mas teve um significado especial.

O superintendente do clube, Ocimar Bolicenho, afirmou após o jogo que sentia-se orgulhos de seus atletas.

“Eles deram uma prova de superação e mostraram que têm potencial para vencer o campeão brasileiro. Estou muito contente com o grupo”.

Outro que se desdobrou de elogio aos atletas foi o técnico Caio Júnior, que deve ser mantido ao menos durante à excursão à Ucrânia, na metade deste mês. “Nessa partida, a organização foi mantida durante todo jogo e tivemos sucesso. O problema no primeiro jogo foi justamente sair dessa organização para tentar resolver o jogo individualmente, desguarnecendo a defesa”, justificou o treinador, que contou com o apoio do motivador Evandro Mota para erguer o astral dos atletas. “Não é fácil tomar de 6 a 1 e entrar de cabeça erguida em campo. E eles conseguiram e honraram a camisa do Paraná”.

Tristeza

Apesar do resultado positivo, o atacante Márcio lamentou a perda do supercampeonato. “Pagamos pelos erros do primeiro jogo. Por isso, essa vitória não será tão comemorada quanto outras que acontecem ao longo de uma competição”, disse.

Para Adriano Chuva, o resultado serviu para provar o valor da equipe e dar uma injeção de ânimo para os próximos desafios. “Nos esforçamos ao máximo, mas não foi suficiente. Provamos a nós mesmos o nosso poder de reação. O Paraná tem um grande time”, concluiu. (GR)

Paraná reclama do apito

O árbitro Héber Roberto Lopes teve trabalho no clássico de ontem, marcado por muito nervosismo e excesso de faltas. Tanto é verdade que foram distribuídos nove cartões amarelos e quatro vermelhos, numa prova de que o excesso de agressividade foi uma das máximas no jogo.

O primeiro lance que exigiu mais rigor da arbitragem foi um desentendimento ente André e Alex Mineiro, inciciado em uma falta do zagueiro. Disciplinador, Héber expulsou os dois atletas.

No final do primeiro tempo, em uma nova expulsão, o árbitro foi criticado pela diretoria paranista, que o acusou de não estar tendo critério. Maquinhos até mereceu a expulsão ao cometer uma falta por trás em Adrinao, sem bola. No entanto, como o atleticano Fabiano havia feito uma falta semelhante minutos antes e foi advertido apenas com o amarelo, a revolta foi geral na Vila Capanema.

Na última expulsão do Paraná, no finalzinho do jogo, o lateral-direito Luís Paulo, que já havia tomado amarelo, fez falta violenta em Dagoberto e foi para o chueveiro mais cedo. (GR)

“Troco” entre cartolas deixa ambiente tenso

Gisele Rech e Rodrigo Sell

A rivalidade de ontem entre Paraná Clube e Atlético não ficou apenas dentro de campo. No intuito de dar o troco no adversário, que não havia permitido a entrada de dirigentes dentro do gramado da Arena antes da partida da última quinta-feira, a diretoria do Tricolor fechou o túnel do visitante que dá acesso ao campo da Vila Capanema, impedindo a entrada dos dirigentes rubro-negros antes do apito final do árbitro e, de quebra, prejudicando o trabalho dos setoristas do Rubro-negro.

“Não dá para aguentar um time campeão brasileiro se sujeitar a esse tipo de coisa”, esbravejou o presidente atleticano, Mário Celso Petraglia. Ele e mais cerca de 20 pessoas ficaram mais de cinco minutos num túnel apertado esperando a abertura de um cadeado. “Isso é uma vergonha. Estragaram a nossa festa, a mando não sei de quem, algum idiota”, continuou. Aborrecido com o acontecimento, o dirigente não quis nem buscar a sua medalha pelo título. “A Vila não pode nem ser chamada de estádio. Deveriam fechar isso, pois não há estrutura nem a menor segurança”.

Injuriado com as acusações de Petraglia, o superintendente do Paraná Clube, Ocimar Bolicenho, garantiu que apenas devolveu o tratamento recebido na Arena. “Só fomos autorizados a entrar em campo, na Arena, ao término da partida. Por que deixá-los entrar antes na Vila?”

Outra declaração que tirou Bolicenho do sério foi a afirmação de que o time atleticano sempre vai ganhar qualquer competição do nível estadual. “Sinto muito, mas ele está mostrando que não conhece de esporte. Com um jogador a menos coneguimos a mesma façanha de golear, só que o campeão brasileiro. São declarações fervorosas e mentirosas. Não vou dar importância a acusações baixas”, concluiu o dirigente paranista.

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