O departamento jurídico do Paraná Clube considerou no mínimo “questionável” a decisão da Justiça do Trabalho que liberou o meio-campista Rafinha do vínculo com o São Paulo.
Os clubes irão recorrer, em conjunto, desta decisão. “Consideramos estranha a forma como processo foi conduzido. A reunião seria para a marcação da data para uma sentença, que é o procedimento usual”, disse o advogado do Tricolor, Alessandro Kishino.
Em sua sentença, o juiz Pedro Carmona isentou o Paraná de culpa e rsponsabilizou o São Paulo pelo pagamento tardio do 13.º salário do jogador. “Não havia problema com o FGTS. A reclamação estava no fato de que o 13.º salário do jogador foi pago com três meses de atraso”, disse Kishino.
O advogado acredita na reversão do caso. “Estamos preparando a reclamatória e vamos tentar mudar essa decisão, que é totalmente questionável”, disse. Este não é o único imbróglio judicial que envolve o Paraná Clube.
Ontem, houve uma audiência conciliatória na penhora estabelecida pelo Vitória (e seu ex-presidente, Paulo Carneiro) ao passe do atacante Kelvin. “Não houve acordo, mas abrimos um canal de negociação com o Paulo Carneiro. Creio que a questão será resolvida”, disse Kishino.
O clube baiano tem uma ação de R$ 2 milhões contra o Tricolor, ainda em processo relativo ao atacante Flávio Guilherme. O Vitória cobra o investimento feito no jogador, que acabou perdido quando Flávio Guilherme conseguiu o fim de seu vínculo com o Paraná.
O Tricolor, porém, deve dar o troco na mesma moeda. Kishino já tem ação pronta em caso similar: o Vitória emprestou Fabinho ao Sport. Por problemas salariais, o jogador conseguiu a rescisão contratual e o Paraná – que era dono de 50% dos direitos econômicos do atleta – também ficou de mãos abanando.
O Paraná também deve buscar judicialmente o pagamento de cerca de R$ 500 mil junto ao Flamengo. O clube carioca, em 2008, contratou o meia Éverton e na transação enviou para Vila Capanema quatro jogadores (Fabrício, Rômulo, Camacho e Éder).
Na negociação, o clube carioca se responsabilizava pelos salários desses jogadores, o que não ocorreu. “Nós pagamos esses salários e, agora, vamos tentar recuperar o valor através da Justiça”, confirmou Alessandro Kishino.
