Após cinco rodadas “no inferno”, o Paraná Clube, enfim, conseguiu sair da zona do rebaixamento. Pela primeira vez na Série B emplacou duas vitórias seguidas em casa e deu novo alento ao seu torcedor na luta pela permanência na Segundona.

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Independente das dificuldades que o time encontrou para “furar” a defesa do Marília, o técnico Paulo Comelli destacou a persistência e a personalidade do grupo.

“Não dá pra negar. É um novo time, mais confiante. Só que o caminho ainda é longo”, alertou o treinador paranista. Ele sabe que para “salvar” a temporada, o Tricolor terá que fazer um segundo turno muito acima da média.

“O primeiro turno foi muito ruim. Por isso, tivemos que mudar tudo e, mesmo sem tempo, estamos procurando entrosar esse time no jogo mesmo”, comentou o técnico. A “terapia de choque” parece ter dado resultado.

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No jogo de sábado, o Paraná se deparou com uma dificuldade inesperada: a ausência de meias. Com Cristian vetado pelo departamento médico e Gláucio suspenso, Comelli montou um time com três volantes e três atacantes.

Mesmo não atingindo as expectativas do treinador, com essa estratégia o time criou pelo menos três chances reais de gol. A mudança veio no segundo tempo, com as entradas de Giuliano e Rodrigo Pimpão. O time foi mais incisivo, mas o gol veio na base da persistência. E também na individualidade de Leonardo.

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Após cumprir a lição de casa, Paulo Comelli já volta atenções para o jogo de amanhã, em Bragança Paulista. A exemplo do Tricolor, o Bragantino também vem de duas vitórias seguidas. Com uma grande diferença: o clube paulista ocupa uma confortável 8.ª colocação, com dez pontos de vantagem sobre o Paraná.

“Não dá nem tempo pra relaxar. Todos os jogos são decisivos e não importa se jogamos em casa ou fora. O time tem que ter um padrão de jogo para somar pontos, independente do estádio. frisou.

Comelli evita falar em números, mas há um consenso de que 46 seria o “número mágico” para se evitar sustos. Pelo rendimento atual dos clubes, seria possível evitar a degola até com 40 pontos.

“Não vamos pensar nisso agora. Temos é que focar o jogo, realizar um grande segundo turno e ver o que acontece no final”, afirma o treinador. Para atingir a marca de 46 pontos, o Paraná teria que fazer nos 17 jogos restantes o mesmo número de pontos que somou até aqui, nos 22 jogos já disputados.