A revolta tomou conta do vestiário tricolor após a derrota para o Londrina. Diretoria e comissão técnica estavam inconformados com a arbitragem de Selmo Pedro dos Anjos Neto.
Para o técnico Paulo Comelli, não há como avaliar o resultado sem levar em conta os dois gols legítimos anulados. “A equipe criou, teve oportunidades e fez os gols. Infelizmente não deram. É lastimável. O peso da balança foi a arbitragem”, avalia.
Comelli reconhece as falhas do Paraná, que deram a oportunidade para a virada do Tubarão. “Erramos nos dois gols e temos que avaliar com mais calma. Falhamos num lance que treinamos muito, que é a bola parada, que foi decisivo”, admite.
Porém, o treinador não aceita o resultado. “Não foi justo. Ser prejudicado como fomos hoje machuca. Espero que nossa diretoria tome uma atitude junto à Federação. Errar em dois gols, dentro da nossa casa, é lamentável”, destaca.
O pedido de Comelli foi acatado pelo presidente Aurival Correia. Ele já avisou que vai formalizar uma queixa contra o árbitro. “O Paraná vai tomar providências severas. A Federação tem que colocar árbitros com mais qualificação e não fazer laboratório com o Paraná Clube. Este não tem condição nenhuma”, reclama.
Os jogadores não deixam de se queixar do juiz, mas reconhecem seus próprios erros como fator principal para a derrota. “No segundo tempo parecia que o Londrina estava jogando em casa. Não foi só culpa da arbitragem. Erramos muito, no posicionamento, nas bolas paradas…”, ressalta Agenor.
Com a derrota de ontem, o Tricolor sabe que precisa de um bom resultado contra o Iraty, no próximo domingo, para voltar à briga pelas primeiras posições. “O pensamento deve ser de time grande, de buscar pontos fora”, conclui o volante paranista.