O Paraná Clube viveu talvez uma das semanas mais agitadas de sua história recente. Os holofotes estiveram voltados para Ricardinho – que “pendurou as chuteiras” para assumir o comando técnico do clube de coração -, mas uma série de coadjuvantes desfilaram pelos bastidores da Vila Capanema, promovendo um processo de reformulação quase que total do departamento de futebol profissional. “Só estamos cumprindo aquilo que prometemos: a profissionalização do nosso futebol”, resumiu o presidente Rubens Bohlen.
Nessa transição, o clube definiu a contratação de um novo supervisor para a vaga de Rafael Zucon. Fernando Leite, 38 anos, será o “braço direito” do gerente Alex Brasil, encarregado de efetivar os registros dos atletas e organizar toda a logística de viagens e concentrações do Tricolor. “Na verdade, vou dar uma sequência naquilo que era feito pelo Zucon. Tenho uma larga experiência no futebol, como atleta e na administração”, disse o supervisor, empolgado com a sua primeira oportunidade num clube de maior expressão.
Paulista de Araraquara, Fernando Leite iniciou no futebol como atleta. Foi zagueiro da Ferroviária-SP e passou por equipes menores do futebol de São Paulo, antes de se transferir para a Alemanha e, logo depois, para a Suíça. “Sempre exerci liderança nos clubes por onde passei. Isso me ajudou muito quando decidi encaminhar minha vida para essa área administrativa”, disse Leite. Ele deixou os gramados em 2002, resultado de uma cirurgia de joelho. “Me formei em administração e comércio exterior. Agora, estou cursando gestão esportiva”, comentou.
Fernando Leite, entre 2004 e 2007, atuou na escolinha do São Caetano, em Américo Brasiliense, no interior paulista. O sucesso do trabalho fez com que a escola se transformasse em equipe profissional – a Américo Esporte Clube, hoje disputando a Série A-4 do Paulistão. Depois disso, se transferiu para o interior paranaense, onde foi supervisor do Nacional de Rolândia. Lá, em 2008, vivenciou o acesso para a Primeira divisão estadual. No ano seguinte, o clube foi campeão do interior, mas em 2010 acabou rebaixado para a Divisão de Acesso. “Estamos formando uma estrutura sólida e que vai trabalhar em muita sintonia. Aqui fora, a minha missão é dar toda a estrutura para que a comissão técnica possa realizar seu trabalho”, comentou Fernando.