O Paraná Clube inicia amanhã, pela sexta vez consecutiva, uma caminhada em busca da volta à elite do futebol brasileiro. Desta vez, o Tricolor aposta no carisma e no retrospecto vitorioso do técnico Dado Cavalcanti. Com campanhas expressivas nos modestos Luverdense (2012) e Mogi Mirim (2013), o treinador chegou com um discurso otimista mas realista quanto às possibilidades do clube na Série B.
Para ele, o Palmeiras é o “carro-chefe” da competição e, por isso, o adversário a ser batido. Dado Cavalcanti mantém uma postura “pés no chão” quando o assunto envolve as principais forças desta Segundona. Mesmo deixando o peso da camisa de lado, vê no alviverde paulista o grande favorito para o acesso. “É um clube já com um grande elenco e com recursos para, se necessário, promover rapidamente uma mudança de rota”, lembra. Um poder econômico que, por exemplo, o Paraná não dispõe.
Por isso, o treinador destaca a forma criteriosa com que o Tricolor buscou os treze reforços contratados até aqui. “Havia a necessidade da mudança do perfil do grupo. O Brasileiro, longo e cheio de alternâncias, obriga você a contar com um grupo uniforme. Vamos usar os pratas da casa, mas eles não podem ser colocados como as soluções para um problema”, diz. O resultado dessa diretriz, traçada em conjunto com o gerente de futebol Alex Brasil, foi a contratação de reforços com média de idade na faixa dos 25 anos.
Mesmo reconhecendo que a falta de entrosamento poderá pesar neste início, decidiu lançar mão, de cara, de cinco recém-chegados: os laterais Roniery e Paulinho, o zagueiro Brinner, o volante Cambará e o meia-atacante Ronaldo Mendes. Com mais uma possível mudança na meta (a troca de Luís Carlos por Marcos) e a efetivação de Rubinho entre os titulares, o Paraná terá uma nova cara já no jogo de amanhã, às 21h, em João Pessoa, frente ao ABC. “Faltará entrosamento e isso pode se refletir também no desempenho técnico. Mas teremos que superar tudo isso com muita intensidade. Quero o time com espírito de decisão desde a primeira rodada”, avisa.
A estratégia de Dado é encarar este período pré-Copa das Confederações como um minicampeonato. “Vamos buscar um bom desempenho nestas seis rodadas, para então ter um bom tempo de preparação”, explicou o treinador. Será neste período, entre 12 de junho e 4 de julho, em que Dado poderá aplicar de forma mais “agressiva” as suas convicções técnicas e táticas. “É também um momento onde poderemos fazer algumas correções de rota, com contratações pontuais”, avalia.
Assim, o Paraná de Dado Cavalcanti começa a sua campanha na Série B com um esquema não distante do que era aplicado por seu antecessor, mas com modificações de peças em todos os setores.