Tricolor precisará de ótimo aproveitamento no returno

Sérgio Soares chegou ao Paraná Clube há exatos 37 dias. Neste período, mudou “a cara” do time e conseguiu um rendimento expressivo. Sob sua direção, o Tricolor computou 54,17% dos pontos disputados, contra aproveitamento de apenas 29,63% de seu antecessor.

Mas, na prática, a matemática não é tão positiva. A rigor, mesmo com essa reação, o clube subiu apenas uma posição na tabela de classificação (da 16.ª para a 15.ª colocação) e segue muito distante do G4. Hoje, são 8 pontos para aqueles clubes que brigam diretamente por um lugar na elite nacional.

Caso mantenha esse desempenho até o final do turno – nos jogos contra Vila Nova-GO e Fortaleza-CE -, o Paraná fechará a primeira metade da competição com 24 pontos.

Uma marca que obrigaria o time de Sérgio Soares a realizar uma campanha irrepreensível no returno. Considerando 63 o “número mágico” para o acesso, o Tricolor teria que atingir a marca dos 39 pontos.

Ou seja, a grosso modo, treze vitórias em dezenove jogos. Uma marca que pouquíssimos clubes atingiram na “era pontos corridos” da Segundona. Mais precisamente, três equipes subiram com esse desempenho em um turno.

Em 2006, o Atlético Mineiro totalizou 42 pontos no 2.º turno. O Ipatinga, em 2007, fez 39 pontos. Já o Corinthians, no ano passado, fez 39 pontos no 1.º e 46 no 2.º turno. Só que antes de pensar numa campanha como essa, o Paraná terá que primeiro resolver sua síndrome de “Robin Hood”.

Capaz de desempenhos marcantes – como nas vitórias sobre Guarani e Bragantino -, o Tricolor vem pisando na bola contra equipes de nível técnico no mínimo duvidoso.

A história dos jogos contra ABC e Duque de Caxias por pouco não se repetiu em Campina Grande. No primeiro tempo, diante da Campinense, o time foi dispersivo e letárgico e o 2×2 teve um gosto amargo.

Sérgio Soares havia prometido que isso não mais ocorreria, mas quase perdeu a voz à beira do gramado. Tudo para tentar acordar o time. Pelo que se viu até aqui, o treinador terá muito trabalho para tornar esse grupo tão competitivo quanto aquele do Santo André.

No ano passado, com a equipe paulista, Sérgio Soares atingiu rendimento de 62,96%. Número que na teoria ainda seria insuficiente para levar o Paraná ao G4. A realidade do Tricolor, hoje, está restrita a um distanciamento da zona do rebaixamento. Com 21 pontos, ainda precisa de 25 para não conviver com o risco que assombrou seu torcedor na temporada passada.

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