Tricolor precisa reagir para fugir da terceirona

O 1.º turno da Série B do Brasileiro está chegando ao fim e o sinal de alerta continua aceso para o Paraná Clube. Se na esperança da torcida, tudo  é possível, a matemática é fria e cruel: se não melhorar, consideravelmente, seu desempenho, o Tricolor vai parar na Terceirona em 2009.

Quatro derrotas seguidas colocaram o Paraná novamente na zona de descenso, a duas rodadas para o fim do turno. Com 17 pontos, o time está na 18.º posição, com o péssimo aproveitamento de 33,3%. Número que não poupou ninguém do rebaixamento, desde que a Segundona começou a ser disputada por pontos corridos, em 2006.

Para escapar da degola, o histórico mostra que um clube precisa de, no mínimo, 38,6% de aproveitamento, ou 44 pontos. Com esse rendimento, o CRB-AL se livrou em 2006, mas Paysandu-PA e Guarani-SP foram rebaixados com a mesma campanha. No ano passado, o Paulista-SP caiu, mesmo chegando aos 39,5%, com 45 pontos.

Os números mostram que, para chegar ao final da competição com chances de permanecer na Série B, o Paraná precisa de pelo menos 28 pontos, nos 21 jogos que ainda disputará. Ou seja, um aproveitamento de 44,4%, a partir de hoje, quando encara o CRB, em Maceió (AL).

A situação é complicada, mas outra estatística mostra que terminar o turno na zona não é garantia de rebaixamento. Desde 2006, 50% dos times que encerraram a 1.ª etapa entre os quatro últimos, conseguiram fugir da 3.ª divisão.

Missão impossível

Já o sonho de voltar a Série A parece quase impossível. No ano passado, o Vitória-BA chegou lá com 59 pontos, 51,8% de aproveitamento. Para atingir esse patamar, o Tricolor precisa de mais 42 pontos – 66,6% dos que disputará até o fim do campeonato. Algo como 11 vitórias, 9 empates e apenas 1 derrota, por exemplo.

Se a 2.ª divisão acabasse hoje, Corinthians-SP, Avaí-SC, Ponte Preta-SP e Vila Nova-GO conquistariam o acesso. A história mostra que eles não podem se acomodar.

Desde o início da era dos pontos corridos na Série B, 50% dos clubes que terminaram o turno entre os quatro primeiros não conseguiram subir para a 1.ª divisão. O Coritiba, que em 2006 encerrou o turno na liderança e o returno na 6.ª posição, é o maior exemplo.