Tricolor perdeu muitos pontos para os que brigam para não cair

A vitória sobre o ASA-AL (3×1), na última sexta-feira, encaminhou a permanência do Paraná Clube na Série B do Brasileirão. Na prática, o clube precisa de mais sete pontos dos 27 que irá disputar para atingir o “número mágico” contra o descenso. Um quadro que poderia ser muito mais animador não fosse o desempenho do Tricolor contra os times que estão na parte de baixo da tabela. Mesmo com uma campanha irregular, o Tricolor poderia estar realmente “vivo” na briga pelo acesso à elite.

Independente de muitos pontos perdidos em casa (até aqui, foram dezoito, em 3 empates e 4 derrotas), o Paraná perdeu contato com o pelotão de frente ao vacilar nos jogos fora contra equipes de nível técnico duvidoso. Nas derrotas para Salgueiro e Icasa e no empate para o Duque de Caxias, o Tricolor perdeu a chance de voltar a figurar entre os candidatos a uma das quatro vagas na elite.

“Não adianta ficar lamentando o que passou. Temos um jogo fora, contra o Vila Nova. Dependendo do que acontecer na próxima rodada a gente refaz os cálculos”, disse Guilherme Macuglia, hoje voltado à meta de chegar o quanto antes à pontuação necessária para um fim de temporada sem sustos. Nessa missão, o treinador foi buscar no 3-5-2 o “porto seguro” para a reação. Assim que chegou, o técnico tentou implantar o sistema com três zagueiros, mesmo não escondendo a predileção pelo 4-4-2.

Só que naquele momento, Macuglia perdeu o zagueiro Amarildo, com uma pubalgia. Tentou improvisar Garroni na função de líbero, mas acabou recuando e dando sequência ao sistema de jogo que vinha sendo utilizado até então. Em alguns jogos recentes, com a entrada de Sílvio, fez o time variar de tática ao longo das partidas, usando a versatilidade do jogador, que tanto faz a função de terceiro zagueiro quanto a de primeiro volante.

Diante do ASA, o treinador escalou a equipe num 3-5-2 clássico, com Flávio, Cris e Brinner formando o trio de zagueiros. Só que a rotina de desfalques continua. Para o jogo frente ao Vila Nova – outro integrante do Z4 e com chances remotas de sobrevivência na Segundona -, o Paraná não terá Brinner e Lima, suspensos, e ainda corre o risco de ficar sem Sílvio, com uma lesão na panturrilha.

“Temos que dançar conforme a música. O ideal seria mexer o mínimo possível, mas temos que administrar esses desfalques. Aí, por característica, a saída de um jogador pode nos obrigar a mexer em outro setor, buscando um melhor encaixa das peças”, arrematou Macuglia, que ao menos desta vez terá uma semana inteira para trabalhar o time antes do duelo em Goiânia, sábado, às 16h20.

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