O Paraná Clube continua seu calvário no Brasileirão. Ontem o castigo foi no Pacaembu, ao ser derrotado em três minutos pelo Corinthians, por 2 a 1, igualando seu recorde negativo em nacionais. Na temporada 1996, o Tricolor também teve uma série de seis derrotas seguidas fora de casa – perdeu para Atlético-MG (3×1), Portuguesa (2×0), Palmeiras (4×1), Vitória (4×0), Juventude (2×0) e Bragantino (1×0).
No campeonato deste ano, o time da Vila Capanema acumulou ontem sua sexta derrota seguida fora de casa. É a chamada “síndrome do pijama’, que está atrapalhando o desempenho da equipe do técnico Otacílio Gonçalves, no Campeonato e que o leva para 23º na classificação. O próximo desafio paranista será em Curitiba, quarta-feira, contra o Guarani. O local da partida poderá ser o estádio do Pinheirão, caso a praça seja liberada da interdição da Justiça.
A derrota de ontem foi um castigo pelo segundo tempo, quando o esquadrão tricolor recuou em demasia, falhando na mesma proporção em suas oportunidades reais de ampliar a vantagem conquistada na primeira metade do jogo.
A partida começou morna. As duas equipes ainda se estudavam e o Paraná levava nítida vantagem no posicionamento de marcação. Pelo lado direito do ataque corintiano, Ângelo e Deivid foram anulados. Na guerra pelo meio de campo, o Paraná tomou conta e foi, timidamente, aproveitando os espaços para avançar. Mas foi num contra-ataque que o Paraná chegou à vantagem no placar. Gil perdeu a bola no ataque. Sidnei, que o desarmou, lançou Fabinho. O lateral cruzou o campo passando por quatro adversários e, já invadindo a área corintiana tocou para Alexandre. Fábio Luciano cortou, mas a bola caiu no pé de Márcio. O artilheiro completou para a rede, sem chance para Doni.
O gol acordou o Corinthians, que criou duas chances claras. Na primeira, Gil invadiu a área pela esquerda e tocou para Guilherme, que desviou para o gol. Marcos tirou com o pé. Logo depois, numa cobrança de escanteio, Marcos salvou com a coxa uma cabeçada à queima-roupa de Gil.
No segundo tempo, o Corinthians entrou mais aceso, enquanto o Paraná claramente optou por esperar atrás as chances de contra-atacar. Apesar de disso, foi paranista a primeira chance. Num escanteio de Bosco, Émerson subiu sozinho, cabeceouo para baixo e a bola, caprichosamente, acertou o travessão. Na volta, Márcio cabeceou Doni bateu roupa mas segurou quando o centroavante paranista tentava, já no chão, completar para a rede.
Embora dominasse, os corintianos não conseguiam furar o bloqueio paranista. Quanto passavam, Marcos brilhava. Mas num outro contra-ataque, os tricolores perderam a melhor chance de ampliar. Alexandre tocou na área para Márcio. Livre, o atacante invadiu a área e driblou Doni, que o derrubou: pênalti. Márcio cobrou com displiscência e Doni se jogou no canto certo. A defesa acendeu a Fiel, que jogou o time para cima.
A defesa Paraná, que até então estava se comportando bem, bateu cabeça na jogada de Marcinho, que passou por Bosco e cruzou. Do outro lado da trave, Leandro tocou para o meio e Guilherme, de virada, empatou. Logo depois, Vampeta invadiu a área e foi calçado por Fabinho: pênalti. Na cobrança, Guilherme colocou no canto esquerdo de Marcos, consumando a vitória corintiana.