Tricolor já pensa em renovar contrato de Comelli para 2009

O ótimo desempenho do Paraná Clube neste returno da Série B – tem a 2.ª melhor campanha, com aproveitamento de 63,33% -pode abrir caminho para a permanência do técnico Paulo Comelli.

Com uma carreira marcada por sucessivas trocas de clube, o treinador poderá definir na próxima semana um novo acordo com o Tricolor, visando à temporada 2009. Seria o primeiro passo para um planejamento a médio prazo, visando as disputas do Paranaense, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.

Apesar da chance matemática existir – se vencer todos os nove jogos que tem pela frente, o clube ainda pode sonhar com o acesso para a Série A -, o Paraná não alimenta, nesse momento, a possibilidade de ir além de uma posição intermediária na tabela de classificação.

O clube que chegar aos 63 pontos tem apenas 43,5% de chance de acesso à primeira divisão (segundo o site chancedegol.com.br). Por isso, a meta da diretoria é começar a projetar o ano que vem, calejada pelas duras lições aprendidas ao longo dessa temporada.

“Vamos ter uma conversa para sentir o que ele está pensando em termos de projeto profissional”, disse o diretor de futebol Paulo Welter, sabendo que haverá concorrência, em especial do mercado paulista, onde Comelli tem bastante prestígio. Uma situação que fez o treinador rodar por trinta clubes ao longo dos dezoito anos de carreira. Esse retrospecto, ele credita à “realidade do futebol brasileiro”.

A exceção foram os mais de dois anos à frente do Noroeste de Bauru (entre 2005-2007). “Houve uma boa sintonia com a diretoria do clube e os demais profissionais do departamento de futebol e isso é importante”, comentou Comelli, acenando com a possibilidade de seguir à frente do Paraná.

“Independente do que vai acontecer, é fundamental o clube se planejar já. Não dá para ficar esperando janeiro”, avisou. O treinador leva, até aqui, um crédito especial por ter conseguido resgatar a imagem do clube, reformulando o elenco em meio a uma série de decisões, num período de profunda crise.

“Temos um ótimo diálogo. Recebi todo o respaldo para agir de forma drástica, pois era necessário”, lembrou. Esse bom relacionamento – e os constantes elogios do técnico e do auxiliar André Chita à estrutura do Tricolor – pode ter um peso definitivo para um acerto a longo prazo.

A diretoria sabe que terá que contornar questões financeiras para projetar 2009, mas não poderá incorrer nos erros dos últimos anos. Em 2008, como na temporada anterior, o clube trocou de técnico a cada momento de dificuldade.

Em 2007, após viver um momento de euforia na Libertadores da América – sob a direção de Zetti -, o clube naufragou no Brasileiro, sob a direção de Pintado, Gilson Kleina, Lori Sandri e Saulo de Freitas.

Nesse ano, Saulo, Paulo Bonamigo e Rogério Perrô também fracassaram e o Paraná só conseguiu reagir a partir da contratação de Comelli. “Estamos evoluindo, mas ainda há muito a conquistar. Não podemos nos acomodar apenas por esta série de vitórias. Não ganhamos nada”, arrematou o treinador, que ainda persegue os resultados necessários para encerrar a temporada “de forma digna”.

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