Seis jogos apenas dois deles como titular e Kelvin, 17 anos, já atrai a atenção de empresários pelo Brasil afora. O Paraná Clube segue em sua política de blindar a revelação, lutando pela permanência do menino ao menos para a temporada 2011, porém já admite negociar os direitos econômicos do jogador. Ou, pelo menos, parte deles.
Dentre as sondagens, a mais atraente até o momento envolve a venda de 50% do percentual de Kelvin, mas sem que o jogador tivesse que se transferir imediatamente.
“Nossa intenção é fazer com que ele siga com a gente pelo menos por mais uma temporada. Mas a decisão disso está com o presidente. Nós, do futebol, estamos focados nos jogos e na montagem da estrutura para 2011”, disse o diretor de futebol Guto de Melo.
O dirigente não citou nomes, mas sabe-se que na semana passada o empresário Carlinhos Sabiá que nos anos 90 brilhou com a camisa tricolor teria feito uma oferta por 50% dos direitos do jogador.
Na verdade, Sabiá chegou a Curitiba com o valor da multa rescisória. Só que nesse meio tempo, o Paraná conseguiu um ajuste na cláusula contratual, que multiplicou por aproximadamente oito o valor dessa multa.
Carlinhos teve uma conversa preliminar com a diretoria, quando teria oferecido cerca de R$ 3 milhões por “uma fatia” do atleta. Mesmo ligado ao futebol mineiro, Sabiá negou que a oferta tivesse partido do Cruzeiro.
“Represento um grupo empresarial”, limitou-se a dizer o ex-jogador. Kelvin, pelo que se especula, tem hoje seus direitos econômicos divididos entre o Paraná, a Base (empresa que comanda o Ninho da Gralha) e o empresário Renato Trombini.
Além de Carlinhos Sabiá, o clube também teria outras duas ofertas pelo jogador. Uma da Traffic e outra de um grupo de empresários do futebol mineiro. O vice de futebol Aramis Tissot, mesmo estando de licença médica, tem participado de reuniões sobre o tema e sabe que não será fácil a permanência de Kelvin na Vila Capanema. Reflexo dos muitos problemas financeiros do clube, que há um ano não consegue manter salários em dia.