Tricolor já começa o ano sob pressão

Grande time dos anos 90 no futebol paranaense, hoje o Paraná Clube já não mete medo em ninguém. O retrospecto das estreias do clube nos últimos estaduais – e o desempenho do mesmo ao longo das competições – é uma prova disso.

Nas últimas oito edições do Paranaense, o Tricolor largou com derrotas por cinco vezes. Foram só duas vitórias, não por coincidência nos anos em que chegou às finais do torneio.

O revés diante do Rio Branco trouxe antigos temores à tona. O torcedor paranista, tão acostumado com sucessos nem tão distantes, hoje se resigna a fazer contas para não ver seu time passando sufoco. E, numa competição onde após treze rodadas quatro clubes são rebaixados, o receio não é descabido.

“Não podemos mais vacilar”, disse o ala Murilo. Uma frase que normalmente não encontra encaixe num início de temporada, com clubes ainda em formação. É o reflexo de dois anos seguidos relegado ao segundo escalão do futebol brasileiro. Uma condição potencializada pelos recentes fracassos também na disputa local.

Campeão em 2006, o Paraná Clube esteve muito próximo do bi no ano seguinte. Mas, vacilou em casa e viu o Paranavaí comemorar o título. Desde então, o Tricolor vem penando e se mostrando um clube incapaz de reconquistar a confiança de seu torcedor.

“Sabemos de tudo isso. Era fundamental largar com uma vitória, mas não deu. Temos que encarar essa pressão e buscar os pontos fora de casa”, disse o técnico Marcelo Oliveira, que viu em 90 minutos seus planos de um início de trabalho vitorioso ruírem.

A meta era somar de dez a doze pontos nas quatro primeiras rodadas, aproveitando três jogos em casa. Com a derrota para o Rio Branco (2×1), o Paraná só pode chegar a 9 pontos, caso passe por Engenheiro Beltrão, Paranavaí e Iraty.

“Fizemos um primeiro tempo de razoável para bom, para um início de temporada”, ponderou Marcelo Oliveira. “Mas, nos descuidamos. É uma situação que não pode se repetir, pois levamos gols em jogadas similares, em cobranças de faltas”, disse o treinador, que ontem já fez as devidas cobranças. “É uma situação que a gente discute internamente”, emendou o técnico, sem revelar os jogadores que falharam nos gols, ao não acompanharem Renan Meduna e Ratinho, que apareceram livres para marcar os gols do time parnanguara.

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