Tricolor foi massacrado pelo Figueirense

Aí todo mundo se empolga, ainda imagina que pode ser, aproveita a linda tarde de sábado e vai para o estádio. Mas o Paraná Clube mantém o poder de transformar toda a esperança em desilusão.

Ontem, em plena Vila Capanema, o Tricolor foi goleado pelo Figueirense por 4×0 e definitivamente se afastou da remota pretensão de subir para a Série A. Em 12º lugar, agora o objetivo é permanecer na Série B do Campeonato Brasileiro.

Os apelos de jogadores, comissão técnica e dirigentes não mudaram muito o panorama na Vila Capanema. O público foi maior que a média do time na Segundona, mas nada que chegasse perto aos dez mil torcedores esperados.

Em campo, dois times com a mesma formatação básica – dois zagueiros, três volantes e um centroavante. O Paraná tinha como grande novidade o garoto Elvis. O Figueira contava com Roberto Brum, ex-Coritiba, o famoso Senador, e com uma animada torcida que segurava faixas com a palavra “Voltaremos”.

O jogo começou com muita marcação e pouca criatividade. Rafinha e Elvis eram marcados, mas mesmo assim eram eles os municiadores de Wellington Silva. Apenas com dez minutos passados o Paraná conseguiu assumir o controle da partida, graças aos avanços de Murilo e Márcio Goiano – sem eles, ficava complicada a armação de jogadas. Murilo chegou a acertar a trave em uma bela jogada, e Wilson foi obrigado a salvar os visitantes em um chute de Wellington.

Mas, aos 24 minutos, Gabriel chegou de carrinho em Maicon. Acertou primeiro a bola, só que mesmo assim o árbitro Alicio Pena Júnior marcou a penalidade. O veterano Fernandes cobrou com categoria e abriu o placar.

O lance revoltou os tricolores – tanto que o técnico Roberto Cavalo foi excluído. “Não adianta xingar, mas pedi para ele colocar o peso na consciência. Sempre tem polêmica com ele”, atirou o gerente de futebol Beto Amorim.

O Tricolor sentiu o gol, e não conseguiu criar oportunidades claras. Márcio Araújo mudou o esquema do Figueira para o 3-5-2, marcou ainda mais Elvis e Rafinha e os donos da casa sofriam.

O final da primeira etapa foi marcado pelo choque insólito entre Wellington Silva e o técnico catarinense Márcio Araújo -ambos foram para o chão e a torcida se divertiu. “A equipe está criando e vamos virar o jogo”, disse o volante Adoniran. “Estamos melhores, o negócio é não desanimar”, completou Murilo.

Para tentar melhorar o rendimento ofensivo, Roberto Cavalo (representado à beira do campo pelo fisicultor Rodrigo Rezende) sacou Elvis e colocou Adriano. Não deu certo, porque faltava armação e qualidade para os dois centroavantes.

Com três zagueiros, o Figueirense liberava seus laterais, e eles resolveram o jogo em três minutos. Primeiro, aos 10, com a cabeçada de Egídio no lance de Schwenck; depois, com o passe de Fernandes para Lucas.

A casa caiu. Jogo resolvido e placar ampliado com o pênalti cobrado por Schwenck aos 24 minutos. As expulsões de Luiz Henrique e Gabriel e as alterações de Cavalo afundaram ainda mais o Paraná, que se via envolvido pelo Figueirense e pela torcida com seus “Voltaremos”. Foi mais um dia melancólico para o torcedor, que não aguenta mais ser humilhado.

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