| Foto: Valquir Aureliano/O Estado |
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| Sandro e Gérson serão os articuladores do Paraná Clube no Rio. continua após a publicidade |
O Paraná Clube está pronto para a largada da segunda etapa do Brasileirão. De amanhã até o dia 3 de dezembro serão 28 jogos – sem contar a Copa Sul-Americana – e um objetivo em mente: ao menos igualar o desempenho do ano passado. O técnico Caio Júnior não conta, por enquanto, com os reforços contratados para a seqüência da temporada (Pierre e Joelson) e para o jogo em Volta Redonda, às 20h30, frente ao Flamengo, faz algumas alterações na equipe até então utilizada.
Na zaga, Edmilson entra na vaga de Émerson, suspenso. Com isso, Neguete foi deslocado para a função de líbero. No meio-de-campo, como Pierre ainda está se recuperando de torção no tornozelo, Gérson foi confirmado. Isso porque outro titular, Maicosuel, ainda não reúne condições para 90 minutos e ficará no banco. Ajustes que a princípio não alteram a disposição tática do time. ?O time vem treinando bem, marcando forte e encaixando contra-ataques com velocidade?, comentou Caio.
O treinador só não esconde uma preocupação: a ausência de gols. O Paraná, na fase pré-Copa, balançou as redes 18 vezes, número que lhe coloca como o segundo melhor ataque do Brasileiro (atrás apenas do Cruzeiro, que fez 20 gols). Nessa fase de transição, o clube fez um jogo treino e um amistoso e só marcou uma vez, com Beto, no empate por 1×1 com a Adap.
No coletivo de ontem, a situação se repetiu. Em quase uma hora de treinamento, pelo menos dez chances desperdiçadas e só um gol marcado (com Cristiano, no final da atividade). Desta vez, havia um fator atenuante: a situação precária do gramado do Pinheirão.
Cheio de irregularidades e sem o corte apropriado, o piso foi um ?adversário? significativo para o time. ?É brincadeira?, disparou Leonardo, que na sua melhor oportunidade mandou uma bola no travessão, mas em um cabeceio. ?Com a bola no chão, estava muito, muito difícil?, reconheceram os jogadores.
Vale lembrar que o estádio da Federação Paranaense de Futebol não recebe jogos do Tricolor há mais de quarenta dias. Caio Júnior, diante desse quadro, preferiu destacar o poder de criação do Tricolor, com a constante movimentação de Batista, Gérson e Sandro. ?Além disso, marcamos muito bem?, lembrou. Em alguns momentos, Caio só pediu para que a marcação fosse adiantada. ?Quero o time ocupando espaços, mas sem recuar em demasia. A idéia é marcar forte, mas sem ficar muito distante da área adversária?, comentou.
Os paranistas esperam um Flamengo bastante ofensivo, jogando em casa e usando o jogo para se preparar para a decisão da Copa do Brasil. ?A nossa intenção é não perder o embalo. Se jogarmos com inteligência, podemos tirar proveito do ambiente do Flamengo, que está muito mais focado nos jogos contra o Vasco?, finalizou o zagueiro Gustavo.
Leonardo prevê ritmo mais lento
Um longo recesso, muito treinamento (a maioria das sessões voltadas à preparação física) e a ansiedade pelo retorno ao clima de competição. Por todos estes fatores, a torcida brasileira espera jogos disputados em alta velocidade, já a partir de hoje. Para o atacante Leonardo, os jogadores só voltarão ao ritmo normal dentro de três ou quatro jogos. ?Acho que nessas primeiras rodadas, a maioria dos jogos serão marcados pela lentidão?, disse o centroavante.
?Vai demorar um pouco para todos recuperarem o ritmo de jogo. A perna fica pesada depois de tanto trabalho físico?, emendou o artilheiro paranista. ?É uma regra que vale para todos os times e não só para o Paraná.? O técnico Caio Júnior não foi tão enfático quanto o atacante, mas acredita que o clube que não priorizou a preparação física nesta intertemporada terá sérias dificuldades no decorrer do Brasileiro. ?São mais de cinco meses de competição e sem novos intervalos. Quem não fez lastro, agora, vai estourar?, afirmou.
Além de trabalhar intensamente com o grupo, o Paraná recuperou praticamente todos os jogadores lesionados. Inclusive o zagueiro Émerson, que fez uma cirurgia no tornozelo e
ontem já participou normalmente da primeira fase do coletivo (30 minutos). (IC)