Sob pressão, o Paraná Clube encara hoje o Foz – às 16h, no estádio do ABC – sem direito a erro. Um revés pode representar a eliminação matemática da próxima fase do campeonato paranaense. Mais do que isso: no caso de novo deslize, o tricolor corre o risco de fechar a rodada na zona do rebaixamento. Diante desse quadro, o time de Wagner Velloso entra em campo para “vencer ou vencer”.
O risco de degola é real, mas jogadores e integrantes da comissão técnica preferem olhar para frente a ficar procurando “no retrovisor” os retardatários da competição.
“A meta é a classificação, mesmo sabendo que não se trata de uma tarefa fácil”, disse o treinador paranista. No fio da navalha, o tricolor está a um ponto do G8. Mas esta é a mesma diferença para o lanterna da competição.
O perigo real e imediato e a necessidade de somar três pontos hoje, na abertura da rodada, fez o técnico Velloso optar por uma formação teoricamente mais ofensiva. Mesmo recompondo a zaga com a volta de João Paulo, após cumprir suspensão, o treinador aposta num meio-de-campo mais criativo e no avanço de Lenílson para o ataque.
“O Lenílson é diferenciado e tem ótima finalização. Temos que explorar essa virtude do atleta”, justificou Velloso. A decisão foi resultado do fraco desempenho de Bruninho no jogo passado, quando atuou mais à frente.
Com a troca de posições, o garoto da base volta à sua real posição, na articulação do meio-de-campo. E Bruninho terá a seu lado Gedeon. Contestado pela torcida, o meia busca hoje a sua redenção. Na teoria, estará pela primeira vez atuando na sua real posição, ajudando na marcação e fazendo a ligação com os armadores.
Intimamente, Gedeon sabe que essa pode ser a sua última chance para “emplacar” no Paraná Clube, pois um tropeço hoje seria desastroso e resultaria em mudanças profundas na estrutura do futebol.
Na base do matar ou morrer, o tricolor joga tudo pela vitória para voltar ao G8 e poder, amanhã, “secar” seus concorrentes. Senão, a contragosto, os paranistas terão que olhar para a turma “da rabeira” e torcer por deslizes de Toledo, Engenheiro Beltrão e Iguaçu para não mergulharem na zona do rebaixamento.
