O Paraná Clube encara o jogo de amanhã – às 15h50, no Durival Britto – como uma decisão. O confronto com o Figueirense, atual líder da Série B pode ser um divisor de águas para o futuro da equipe nesta temporada. Depois de liderar a competição, o Tricolor perdeu o rumo e hoje está mais para a ZR do que para o G4. Nesse clima de “tudo ou nada”, o técnico Marcelo Oliveira recorreu até a treino secreto e só vai divulgar a escalação do time pouco antes da bola rolar.
Nem o mais pessimista torcedor paranista esperava reviver esse pesadelo depois de uma impressionante arrancada nas sete primeiras rodadas da Série B. Foram 15 pontos em sete rodadas. Após o recesso para a Copa do Mundo, o time se complicou. Já foram 11 jogos e somente oito pontos conquistados. Na média, o rendimento atual só será superior ao do ano passado caso o Paraná vença o time catarinense, amanhã.
Neste caso, fecharia a metade do campeonato com 26 pontos. No ano passado, o clube fez, em igual período, 24 pontos. Após um início ruim, sob o comando de Zetti, o Tricolor foi buscar Sérgio Soares e conseguiu reagir. Com cinco vitórias em dez rodadas, conseguiu fechar o 1º turno na metade da tabela, empatado em pontos com o Bahia. Nada como o sufoco de 2008, quando o Tricolor encerrou a primeira metade da Segundona com apenas 17 pontos e na ZR (18º lugar).
Depois de desempenhos pífios sob o comando de Paulo Bonamigo e Rogério Perrô, o Paraná foi buscar Paulo Comelli. O novo treinador, porém, só conseguiria resultados a partir do returno, com a mudança quase que total do elenco. Mesmo fechando a competição num modesto 11º lugar, o Tricolor teve um desempenho “de acesso”, somando 32 pontos. No ano passado, o clube somou 29 pontos na segunda metade do campeonato.
Mesmo caminhando no fio da navalha – a 7 pontos do G4 e somente a 3 da ZR – os jogadores do Paraná mantém um discurso otimista. Garantem que estão atentos ao retrovisor, mas com o foco ainda voltado para os concorrentes que estão à sua frente. “Sete pontos, em 20 jogos por fazer, é possível buscar. Então, temos que acreditar nisso”, disse o atacante Anderson Aquino. Porém, para sonhar com o acesso (e considerando 65 o “número mágico” para tanto), o Paraná teria que somar, a partir de amanhã, algo como 13 vitórias e 3 empates, podendo perder somente 4 jogos.