O Paraná Clube terá que superar velhos traumas para se manter vivo na luta por uma vaga no G4. Isso porque nessa reta final, o time irá se deparar com os “desesperados”.
Muitos dos adversários do Tricolor, a começar com o ABC, oponente deste sábado, às 21h, no Frasqueirão, lutam contra a degola. E, ao longo do primeiro turno, clubes com esse perfil foram um verdadeiro terror na vida do Paraná.
“Isso é passado. O nosso momento é outro e hoje temos um time equilibrado e confiável”, garante o ala-esquerdo Fabinho, evitando falar em “fantasmas”. Para o jogador, o Paraná já está vacinado contra isso e pronto para explorar o desespero desses times. “Nesse sábado, vamos ter dificuldades. Mas, temos que tirar vantagem da pressão que vive o ABC”. Uma pressão que até bem pouco tempo atrás estava presente também na Vila Capanema.
“Reagimos e hoje temos maior tranquilidade. Mas, a responsabilidade é a mesma”, emenda o goleiro Zé Carlos. O Paraná esteve sempre rondando a zona de rebaixamento, até o técnico Roberto Cavalo encontrar uma solução para a carência de gols e, ao mesmo tempo, armar uma defesa menos vulnerável. “O nosso momento é muito bom. Estamos invictos há um bom tempo e isso traz confiança ao grupo. Mas, não podemos afrouxar nessa reta final”, ponderou o goleiro paranista, hoje “dono” da camisa 1.
Nessa boa fase, o Paraná também passou a conviver com a sorte. O último lance da partida em São Caetano foi um sinal disso. Zé Carlos defendeu e na sobra o jogador do Azulão que estava impedido mandou a bola na trave.
“A reação veio com muito trabalho. E, se agora a sorte ajudar, melhor”, lembrou Zé Carlos, prevendo jogo duríssimo em Natal. “Nunca é fácil encarar esses times desesperados”, entende o goleiro. Para os jogadores, essa dificuldade se deve ao grande equilíbrio dessa Série B.
“Se esses times estão lá embaixo, é momento. Não tem essa de moleza não. Muito pelo contrário. Qualquer descuido, nessa hora é fatal”, completou Fabinho. Nesse jogo, mesmo com alguns desfalques, Roberto Cavalo defende sua invencibilidade fora de casa.
Seu esquema de jogo, assimilado pelos atletas, pode ser o antídoto para que o Tricolor não repita aquilo que fez no primeiro turno, onde deslizou, e feio, diante de ABC, Bahia, Duque de Caxias, América-RN, Fortaleza…