Série B

Tricolor em contagem regressiva pra Segundona

Faltam somente cinco dias para a largada da Série B, que começa na próxima sexta-feira. A competição reúne 20 clubes com um único objetivo, o acesso à elite do futebol brasileiro. Resumindo: 38 rodadas para se apontar os quatro clubes que chegarão à Série A de 2012. Pela quarta vez consecutiva, o Paraná Clube busca atingir essa meta. Só que desta vez o fardo a ser carregado é muito maior. Após o rebaixamento no Campeonato Paranaense, o clube precisa recuperar sua imagem e a confiança do torcedor.

Nessa trajetória, o Tricolor irá se deparar com dezenove concorrentes, quase todos eles com desempenho bem superior nas competições estaduais. Pela frente, o novo grupo liderado pelo técnico Ricardo Pinto irá medir forças com os campeões potiguar (ABC) e alagoano (ASA). Outros quatro clubes estarão em campo hoje, disputando os títulos em seus estados. Casos de Criciúma, Goiás, Sport e Vitória. Não ao acaso, estes quatro times são apontados como as principais forças da Segundona.

Em Santa Catarina, o Tigre venceu a primeira frente à Chapecoense e hoje só precisa de um empate. Vitória e Goiás empataram no primeiro jogo das finais contra Bahia de Feira de Santana e Atlético Goianiense, respectivamente. Tarefa mais difícil tem o Sport, que foi derrotado pelo Santa Cruz (2 x 0). É claro que as competições estaduais não servem como um parâmetro fiel do que se pode produzir no Brasileiro. Só que após fracassar na competição doméstica, o Paraná “caiu na real” e percebeu que somente investindo num time competitivo – e amarrando parcerias para tanto – é possível evitar novo vexame.

O desempenho do Tricolor nos últimos anos, cheio de altos e baixos, é uma prova palpável das dificuldades que a Série B apresenta. Porém, sem nenhum bicho-papão no torneio, fica a sensação de que se houver organização e união de forças não é tão difícil assim garantir o acesso. No ano passado, o Paraná cometeu uma série de deslizes -atrasou salários e perdeu três jogadores chaves (Toscano, João Paulo e Gílson) por conta dessa falta de dinheiro. Mas mesmo assim, ficou em 7.º lugar. Só que agora, o clube tenta reestruturar quase que completamente seu elenco.

Catorze jogadores foram contratados. A maioria já se apresentou e outros chegam durante a semana. Porém, para a estreia, poucos estarão à disposição de Ricardo Pinto. A diretoria tenta acertar questões burocráticas para que na terceira rodada o grupo esteja “fechado”. Na prática, o Paraná desperdiçou quatro meses do ano e só agora, às vésperas da sua principal competição do ano, tenta, a duras penas, armar uma equipe. Uma “roleta russa”, onde além de competência terá que ter muita sorte, imaginando que todos esses reforços “pinçados” do interior paulista e paranaense irão reprisar o que fizeram por seus clubes de origem, agora vestindo a camisa azul, vermelha e branca.

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