O Paraná Clube pode enfim exorcizar o fantasma que o assombrou durante praticamente toda a competição. Se no Paranaense e na Copa do Brasil o Tricolor teve alguns “lampejos” de bom futebol, a Série B foi marcada pela apreensão.
O clube não conseguiu superar a 12.ª colocação em momento algum, passando a maior parte da competição tentando se desvencilhar das últimas posições. Hoje, às 16h20, no Durival Britto, contra a Ponte Preta, o sofrimento pode enfim terminar.
Uma vitória garante o fim do risco de rebaixamento para a terceira divisão nacional. Uma combinação de resultados pode definir a questão de forma matemática.
“O importante é fazermos a nossa parte. Se chegarmos aos 46 pontos, não haverá mais risco”, prevê o técnico Paulo Comelli, que sempre trabalhou com esse “número mágico”.
Segundo os especialistas, o clube que atingir 45 pontos tem apenas 1% de chance de degola. “Trabalhamos sempre com o facão no pescoço, sem poder nem respirar”, desabafou o treinador paranista.
A permanência na Série B pode representar também a continuidade do técnico Paulo Comelli à frente do Tricolor.
Mesmo com uma negociação em andamento, o técnico mantém sua postura de só falar no assunto após a conquista do objetivo.
“Não adianta falar nada enquanto não definirmos a questão dentro de campo”, despista o técnico, que evita falar em “Dia do Fico”.
O único pedido de Comelli, ontem, foi por uma presença significativa do torcedor no jogo de hoje. “Seria muito importante esse apoio. Será um jogo duríssimo”, previu.
Comelli lembrou que depois de algum tempo o Paraná volta a jogar num sábado à tarde, fato pouco comum ao longo da Série B. O Tricolor fez uma campanha marcada por jogos noturnos. Até aqui, foram nove jogos às terças e outros quatro às sextas.
“Acho que em casa só fiz um jogo num sábado”, disse o treinador. E foi na vitória apertada sobre o Marília (1×0). Hoje, no total, o Paraná faz seu quinto jogo num sábado, tentando melhorar a sua frágil média de público na competição. Em dezessete jogos realizados na Vila Capanema, o Tricolor teve, em média, 4.442 pagantes/jogo.
Na busca pelos três pontos “definitivos”, Comelli mantém o 4-4-2, com as entradas de Daniel Marques e Vágner nas vagas dos suspensos Leandro e Pituca. Na lateral esquerda, Fabinho foi mais uma vez vetado pelo departamento médico, abrindo espaço para a permanência de Rogerinho.
A única dúvida do treinador está no ataque, onde o bom desempenho no segundo tempo do jogo contra o Gama pode valer a Éder nova oportunidade como titular da camisa 9.