Sob pressão, o Paraná Clube entra em campo hoje para encarar um velho algoz. Só que desta vez, o Tricolor não terá pela frente o acanhado estádio João Cavalcante de Menezes, onde jamais venceu.
Por não cumprir as exigências da comissão de vistoria, o Engenheiro Beltrão se viu obrigado a mandar seu jogo no Waldemiro Wagner, em Paranavaí. Derrotados na 1.ª rodada, os dois clubes buscam reabilitação, com maior responsabilidade para os comandados de Marcelo Oliveira, que tem como foco a briga pelas duas primeiras colocações nesta fase classificatória.
O técnico paranista optou, diante desse quadro, por não “dar armas” ao adversário.
Adotou treinos fechados à imprensa e não antecipou o time que colocará em campo hoje, às 16h50.
“Não haverá nenhuma mudança drástica. Até porque, precisamos buscar entrosamento e para isso não podemos ficar mexendo em muitos setores”.
Assim, apesar das críticas pelos gols sofridos na derrota – 2 a 1 – diante do Rio Branco, o Paraná terá a mesma formação defensiva.
Tanto no esquema quanto nas peças utilizadas. “Os deslizes foram pontuais e acredito numa evolução natural da defesa”, disse Marcelo Oliveira.
Mesmo sem citar nomes, nas entrelinhas o técnico deixou claro que os vacilos nas duas cobranças de faltas que originaram os gols do time parnanguara não foram dos zagueiros.
“Adoto, em lances assim, uma marcação individual. Cada um pega o seu. Quem errou já foi repreendido, mas é assunto que tratamos internamente”.
Os jogadores, seguindo da mesma cartilha do treinador, também evitaram qualquer declaração polêmica sobre os lances em questão. “Já conversamos sobre isso e não se repetirá. Cada um vai pegar o seu até o fim das jogadas”, assegurou o zagueiro Alessandro Lopes.
Mudanças mesmo, Marcelo Oliveira processou no setor ofensivo. Além de Márcio Diogo – que ficou em Curitiba, aprimorando a condição física – o tricolor não deverá ter hoje o centroavante Wellington Silva. Ao menos para o início da partida.
O técnico, que escalou Elvis no meio-de-campo, deverá jogar suas fichas em um ataque mais hábil e veloz, com a entrada de Douglas Santana. Com essa opção, Marcelo Toscano voltaria a atuar mais à frente, como no fim da temporada passada.
Na teoria, o treinador tenta resgatar a estratégia que deu certo na Série B, mas agora com Elvis e Douglas Santana desempenhando os papéis de Davi e Rafinha. “Acima de tudo, temos que vencer. E, para tanto, temos que ser mais criativos do que na jornada passada”, arrematou Mar celo Oliveira.