Jogando com o regulamento debaixo do braço, o Paraná Clube entrou no gramado do Estádio Pinheirão lotado com a vantagem de poder perder a partida por até dois gols de diferença, em virtude da vitória na primeira partida, pelo placar de 3 a 0 lá em Maringá.
E o Paraná realmente atuava de forma cautelosa, tocando a bola e tentando cadenciar a partida. A Adap, por sua vez, estava melhor postada em campo e ameaçava a meta do goleiro Flávio jogando pelos lados do campo e na base do toque de bola.
O time de Campo Mourão até conseguiu marcar um gol, mas o assistente, corretamente, apontou impedimento. A superioridade da Adap não foi convertida em gols e o primeiro tempo terminou mesmo sem abertura de placar.
Se no primeiro tempo o jogo não apresentou grandes emoções, a segunda etapa foi completamente diferente. O técnico Luiz Carlos Barbieri não gostou da postura do Paraná e o time voltou mordendo e com mais disposição.
Empurrado pela torcida que apoiava o time sem parar, o Paraná foi para cima da Adap. Porém, num contra-ataque rápido, Warley recebeu um passe entre os zagueiros e tocou no canto de Flávio para fazer 1 a 0 para o time da Adap.
Mesmo perdendo, o Paraná continuou pressionando até que Marcelinho, numa cobrança de falta, mandou a bola rasteira, no canto baixo do goleiro, para empatar a partida e incendiar de vez a torcida Tricolor. Depois do empate, a Adap abriu definitivamente sua defesa para tentar tirar a diferença. O jogo ficou franco, com chances criadas por ambas as equipes, mas sem apelar para a violência.
Com 35 minutos, a torcida paranista já gritava "é campeão". No final, Barbieri fez algumas alterações só para esfriar o ímpeto do adversário que a esta altura já estava entregue. O empate em 1 a 1 ficou de bom tamanho pelo que fizeram os times e o título conquistado pelo Paraná Clube foi justo, sobretudo pela regularidade da equipe durante todo o campeonato.
