O revés diante do Brasiliense provocou um verdadeiro estrago no Paraná Clube. Situação que acabou potencializada pelos resultados obtidos por alguns concorrentes diretos na luta contra o rebaixamento.
Sem jogar há nove dias, o Tricolor viu a turma de baixo crescer no retrovisor e ao que tudo indica entrará em campo no sábado – às 16h, contra o Barueri – à beira do abismo. O time de Paulo Comelli deve ser ultrapassado também pelo Fortaleza, que joga amanhã, em casa, contra o lanterna CRB.
De nada adiantou o “olho gordo” dos paranistas, nos jogos da última terça. Brasiliense e América-RN venceram e o ABC também somou um ponto. “Temos é que manter o foco no nosso jogo. Dependemos apenas de nossos resultados para atingir o objetivo”, destacou o goleiro Gabriel, que retorna à condição de titular. Mauro não se recuperou da torção de tornozelo e foi vetado pelos médicos. E Gabriel não está errado na sua projeção.
Caso vença um dos jogos que disputa fora – Barueri ou Corinthians – o Paraná se mantém fora da ZR, independente dos outros resultados.
“Será um jogo duríssimo. Mas, o campo é grande e dá a condição da gente recuperar os pontos que perdemos na última jornada”, lembrou o goleiro tricolor. Além disso, o campeonato está equilibrado.
“A exceção é o Corinthians, que montou um time para subir. Os outros clubes se nivelam”, disse o ala Murilo.
Os números gerais podem até mostrar um outro caminho, mas a reação de muitos times no returno – dentre eles, o Paraná – indica para este “equilíbrio” citado por Murilo. Na prática, o Tricolor tenta recuperar a mesma mobilização dos jogos contra Criciúma e Vila Nova.
O Paraná joga suas fichas num resultado positivo, para reduzir o risco de degola. Pelas projeções, o Tricolor tem hoje 21,6% de chance de queda. Antes do revés, em casa, esse número chegou a ser de pouco mais de 6%. “Precisamos de pontos já, para evitar pressão na reta final”, arrematou o goleiro Gabriel.