Ontem, na Vila Capanema, o Paraná Clube fez seu papel. Jogando bem, principalmente no primeiro tempo, o Tricolor venceu o Vila Nova por 3×0 e voltou a subir na classificação da Série B.
O resultado deixa a equipe mais perto das primeiras posições, e permite manter o sonho de voltar à primeira divisão. Se fosse assim toda rodada, o Paraná Clube certamente já estaria no G4.
Não adiantaria fazer previsões otimistas sobre o público. Afinal, o que exigir do torcedor? O Paraná não consegue embalar na Série B, alternando bons jogos com atuações medíocres.
Havia a sensação que, desta vez, o elenco sentiria a cobrança por conta do péssimo rendimento contra o Campinense. Em campo, Márcio Goiano era a novidade, pela primeira vez como titular da ala-esquerda. Sem Marcelo Toscano, gripado, Luiz Henrique jogaria improvisado na direita.
E com uma equipe motivada (como é diferente jogando na Vila…), o Paraná foi soberano desde o início do jogo. Dominou os 48 minutos da primeira etapa, abrindo o placar aos sete -Dedimar cobrou falta na trave, a bola voltou para a área e sobrou para Gabriel, que mandou um chutaço, de sem-pulo, no ângulo. O golaço do zagueiro deu o tom da equipe no tempo inicial.
Se outros gols não saíram, não foi por falta de tentativa. Pelo menos em duas oportunidades o Tricolor ficou perto do gol. Primeiro com um belo peixinho de Wando para fora, e depois com Márcio Goiano obrigando Max a fazer boa intervenção.
Tudo corria bem, inclusive com a bizarra expulsão do lateral goiano Dida, que sofreu falta de Adoniran (que levou cartão), reclamou do árbitro Célio Amorim, levou cartão amarelo, reclamou mais um pouco foi expulso.
Além de reclamar, o Vila batia. E fazia o famoso “revezamento de faltas” em cima de Davi. O meia paranista terminou o primeiro tempo chorando de dor depois de uma pancada do zagueiro Leonardo, ex-Coritiba e Palmeiras.
A partida ficou tensa, a ponto de jogadores do banco de reservas acusando torcedores do Tricolor de chamarem um atleta de “macaco” (sem no entanto indicar quem teria sido), gerando grande confusão fora de campo.
No gramado, os donos da casa diminuíram o ritmo e não repetiam a boa atuação da primeira etapa. Os visitantes se aproveitaram e passaram a dominar o jogo. Mas, mesmo assim, era o Paraná quem chegava com mais perigo, e aos 29 minutos Rafinha – que acabara de entrar – acertou o chute de média distância e fez o segundo gol. E ainda fez o terceiro aos 48, após belo passe de Márcio Goiano, e garantiu uma importante vitória. Agora, espera-se, que venha a estabilidade.