A operação “desmanche” viveu novo capítulo. A bola da vez é o meio-campista Fernando Gabriel, que ontem definiu sua transferência para o Figueirense-SC e irá disputar a Série A do ano que vem.
O jogador de 22 anos foi uma das apostas do técnico Roberto Cavalo na reta final da Segundona, conseguiu projeção e teve sua renovação indicada pelo treinador. Porém, a negociação não evoluiu e Fernando Gabriel deu um “drible” no Tricolor e acertou com o representante catarinense.
“Lamento que ele e seus empresários tenham seguido esse caminho”, disse o diretor de futebol Guto de Melo. “O Luís (Costacurta) me deu sua palavra de que estava tudo certo. Infelizmente, a palavra, neste caso, não valeu de nada”, disparou.
O dirigente, assegurou que com esse procurador o Paraná Clube não mais negociará. “Eles não entram mais na Vila Capanema enquanto eu estiver no departamento de futebol. Se não me engano, o Costacurta e o Alex (Vieira) está iniciando nesse meio. Acho que começaram de forma errada”, completou.
Fernando Gabriel teve 60% de seus direitos econômicos adquiridos pelo Figueirense. O contrato assinado tem duração de um ano, com possibilidade de prorrogação por mais três.
O jogador, revelado na Adap de Campo Mourão, chegou ao Paraná após disputar o Paulistão pelo Mogi-Mirim. Foi pouco aproveitado pelo técnico Marcelo Oliveira, mas ganhou espaço com Cavalo, marcando dois gols na reta final da competição, contra ASA e o próprio Figueirense, que agora o contratou.
Com ele, se encerra a “debandada” que teve início assim que a Série B terminou. Nada menos do que dezenove jogadores, cujos contratos terminaram, foram liberados. Nenhum deles estava nos planos de Roberto Cavalo.
Porém, o treinador pretendia contar, em 2011, com sete atletas: Juninho, Alessandro Lopes, Irineu, Luís Henrique, Chicão, Fernando Gabriel e Anderson Aquino.
Um a um, os jogadores foram virando as costas ao clube e buscando novos horizontes. Um reflexo direto dos problemas financeiros que cercam o Paraná há mais de um ano.
Os cortes na folha salarial, que não poderá superar a casa de R$ 200 mil, vão cobrando seu preço e o Tricolor chega ao fim da temporada sem time e sem perspectivas de um ano mais promissor.