O Paraná Clube será passado a limpo nos próximos anos. Pelo menos esta é a pretensão do presidente Rubens Bohlen, que assumiu o comando do clube justamente no pior momento de sua história. Com o slogan “Planejamento e Trabalho”, todo o direcionamento da campanha de sua chapa foi embasado na aplicação de um planejamento estratégico de sete anos. A meta é criar uma base sólida para que o Tricolor chegue em 2019 revitalizado em todas as suas áreas.
Muito antes disso, seu desafio é fazer com que o Paraná volte a ser respeitado, como nos anos 1990, quando surgiu como uma das potências do futebol paranaense. “A minha preocupação com a ausência de um planejamento não é de agora”, destaca o dirigente. Em 2002, quando o Tricolor esteve a pique de cair para a Segundona do Brasileiro -só se salvou na última rodada, num empate com o Figueirense, por 2 x 2 -, o então conselheiro Rubens Bohlen encaminhou um documento ao presidente Ênio Ribeiro, onde mostrava a necessidade de o clube ser repensado como um todo.
“Simplesmente não fui ouvido”, recorda Bohlen.
Depois disso, ele chegou a ocupar – entre 2007 e 2008 – o cargo de diretor de planejamento. “Nova desilusão. Nos dez meses em que fiquei aqui como diretor, não tive uma reunião sequer com o vice de planejamento. O jeito foi me desligar”. Bohlen só voltou à carga no início deste ano, quando junto com o grupo de Celso Bittencourt passou a atuar na gestão de Aquilino Romani. “Só que desta vez, fiz questão de legitimar esse plano de ação, contratando uma empresa do porte da Senai Empresas”.
O planejamento estratégico foi delineado a partir do anseio de pessoas diretamente envolvidas com o Paraná. “Fizemos uma reunião com mais de 150 pessoas. Diretores, torcedores e funcionários expuseram seus pensamentos de como seria o Paraná dos sonhos. Tudo isso foi catalogado e virou motivo de discussão nas reuniões futuras”, explicou. Bohlen define o planejamento estratégico do Tricolor: “Temos uma missão e uma visão de futuro. A missão é nossa carteira de identidade e a visão de futuro o nosso passaporte”.
Rubens Bohlen imagina que é possível fazer do Paraná um clube reconhecido nacionalmente no futebol, no social e também em outros esportes. “Temos o plano macro. Agora, teremos que reunir mais pessoas em torno deste objetivo e definir minimetas”, explica. “Por exemplo: temos que aumentar o número de sócios-torcedores até o final do ano. Haverá um acompanhamento mensal do andamento do projeto, cobrando resultados. É assim que trabalham as grandes empresas. O clube terá que funcionar como uma empresa, onde metas são estabelecidas e os resultados são cobrados”, completa.