Tricolor arranca empate no final do jogo

Jogou bem? É possível dizer que sim. Foi uma grande atuação? Certamente não. E por isso o Paraná não conseguiu suplantar o Juventude na noite de ontem na Vila Capanema.

A estreia do técnico Roberto Cavalo foi de amplo domínio, mas de poucas chances de gol. E uma falha quase piorou o primeiro jogo do treinador, que terminou empatado em 1×1. O resultado mantém o Tricolor empacado na Série B.

Começava a “era Roberto Cavalo”. O treinador promoveu um terremoto na sua chegada, anunciando uma linha dura e de comprometimento total, afastando o lateral Fabinho e mudando radicalmente o time.

O Paraná seria agressivo, com apenas dois zagueiros, dois meias (Davi e Rafinha) e dois atacantes (Bebeto e Wellington Silva). Não se podia reclamar de falta de ousadia.

E o primeiro tempo, se não foi tão emocionante, pelo menos foi de predomínio tático do Paraná Clube. Enfrentando um adversário que se contentava em defender e arriscar um eventual contra-ataque (só teve um em 46 minutos), os donos da casa praticamente montaram acampamento no campo ofensivo. Mas, a rigor, a equipe teve quatro incursões, duas delas levando certo perigo nas tentativas de Wellington Silva.

Os problemas estavam nas próprias soluções do Tricolor. Se Davi e Rafinha eram as referências técnicas, o exagero em alguns lances diminuía a velocidade do time.

E Bebeto, que seria o diferencial nos planos de Roberto Cavalo, não rendeu bem. E os laterais Murilo e Márcio Goiano foram pouco acionados. Mesmo assim, o técnico estreante gostou do rendimento da equipe. “Foi bom”, resumiu no intervalo.

Mas o segundo tempo não foi tão bom assim. O Paraná não conseguiu repetir o controle tático, dando espaços para os gaúchos e criando menos oportunidades. Mesmo assim, Davi perdeu uma chance inacreditável, na pequena área – mais tarde, foi substituído, e discutiu asperamente com alguns torcedores. Era o sinal do desespero.

E por que tanto desespero? Porque aos 21 minutos, a zaga foi pressionada pela terceira vez na partida. E vazou. Léo Dias cruzou e Marcos Denner, entre Élton e Márcio Goiano, cabeceou e venceu Zé Carlos. O Juventude, que mal atacara, abria o placar e expunha o frágil domínio do Paraná, que criou apenas quatro chances reais de gol até aquele momento.

Elvis entrou como o “salvador da pátria’. Mas nem o jovem meio-campista resolveu, e nem seus companheiros colaboraram. Como se fosse uma síndrome, dois centroavantes estavam em campo e nenhum conseguia chegar ao gol.

Rafinha sucumbiu à marcação. E o esquema defensivo de Ivo Wortmann impedia os avanços dos laterais. Quando tudo parecia perdido, aos 42 minutos, Márcio Goiano fez bela jogada individual, mandou uma bomba e empatou a partida. Mal menor, mas muito pouco para quem ainda pensa – como Roberto Cavalo – em voos mais altos na Segundona.

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