Após “patinar” na largada, o Paraná Clube foi buscar a recuperação. E com as vitórias sobre Engenheiro Beltrão (4 a 0) e Paranavaí (2 a1), o time de Marcelo Oliveira já atinge o terceiro melhor desempenho do clube na última década.

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Um aproveitamento de 66,67%, que confere ao Tricolor a 3.ª colocação do Estadual 2010, atrás somente de Coritiba e Corinthians-PR. “São números importantes, que nos dão tranquilidade para seguir arrumando a equipe”, ponderou o treinador paranista logo após o suado triunfo sobre o Vermelhinho.

Com seis pontos, o Paraná só não conseguiu superar as suas marcas obtidas em 2002 (no supercampeonato), quando somou nove pontos, e 2007, com sete. Nas duas oportunidades, vale lembrar, o Tricolor ficou com o vice-campeonato.

Em 2006, quando conquistou o título após nove anos de jejum, o clube somou apenas quatro pontos em igual período. Entre os jogadores, o clima é de confiança, mas sabendo que há muito o que corrigir, restando dez jogos para o fim da 1.ª fase.

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Marcelo Oliveira admitiu que em alguns momentos da partida – basicamente na etapa inicial – o Paraná “levou sufoco”, sem conseguir se impor em seu estádio. Mesmo dando algum desconto devido ao problema clínico que afetou uma série de jogadores (sete deles apresentaram problemas estomacais após a viagem para o Noroeste do Estado), o treinador aponta a correção do posicionamento do meio-de-campo e do ataque como uma prioridade. “Demos muitos espaços para o adversário. Aí, acaba havendo uma sobrecarga lá atrás”, ponderou.

Começo

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Para o volante Luiz Henrique Camargo, muitos desses deslizes se devem ao fato do time ainda estar em formação. “O nosso trio de frente, por exemplo, está se conhecendo agora. Leva um tempo para que a gente atinja um ponto ideal. Creio que dentro de mais três ou quatro jogos vamos estar bem afinados”, analisou o cabeça-de-área, numa referência a Elvis, Douglas Santana e Marcelo Toscano.

Ele próprio busca uma sintonia perfeita com João Paulo. Mesmo sendo remanescentes da temporada passada, Camargo e João Paulo não fizeram muitos jogos lado a lado, pois o clube contava ainda com Adoniran para o setor.

A preocupação de Oliveira com estas oscilações ficou evidente nas duas últimas partidas. Contra Beltrão e Paranavaí, ele sacou um meia (no caso Elvis, que busca a melhor forma física) para a entrada de um terceiro volante – Chicão e Edimar, respectivamente – na reta final dos jogos. Nessa formação, João Paulo acaba sendo liberado para atuar como um armador.

“Nesse processo de formação do grupo, trabalhamos algumas opções. Logo vou poder contar com maior frequência com o Márcio Diogo, que é um jogador hábil e de boa finalização. Creio que estamos no caminho certo para montar um grupo forte e competitivo”, arrematou Oliveira.