Até ontem à noite, haviam sido trocados cerca de 5 mil ingressos. |
Pela primeira vez neste Brasileirão o Paraná Clube atuará com "casa cheia" no Pinheirão. Esta, ao menos, é a expectativa dos dirigentes e os indícios apontam para que isso se confirme no próximo sábado – às 16h – frente ao Figueirense. Além do bom momento do time, embalado por duas vitórias consecutivas, o torcedor desta vez não poderá reclamar do preço do ingresso. Muito pelo contrário. Como a partida faz parte da promoção "Torcer pelo seu time faz bem", da Nestlé.
Foi disponibilizada uma carga de vinte mil convites e até o início da noite de ontem, cinco mil já haviam sido trocados. Uma lata de Nescau (400g) dá direito a um ingresso – limitado a quatro convites por pessoa. Em média, o produto custa R$ 3,33 nos supermercados e a expectativa é que até sexta-feira toda a carga tenha se esgotado. "A procura foi boa no fim de semana e a tendência é que haja um aumento significativo nos próximos dias, após o resultado obtido no Rio de Janeiro", disse o presidente José Carlos de Miranda.
Há tempos o Paraná Clube não consegue mobilizar um grande público em seus jogos. Para muitos, reflexo do poder aquisitivo do torcedor paranista. Outros, porém, apostam na teoria de que o afastamento se deve às recentes campanhas do time. Desta vez, estes fatores não existem. O Tricolor vem de duas vitórias consecutivas, o que lhe assegurou um aproveitamento de 50% e a 10.ª. colocação na classificação geral. Pela primeira vez na temporada o clube conseguiu entrar na zona de classificação à Copa Sul-Americana. Novo resultado positivo, sábado, pode deixar o Paraná entre os seis primeiros.
"O time está ganhando conjunto e tenho certeza que vamos subir ainda mais", comentou o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro. "Espero que o torcedor entenda a necessidade de um grande público nos próximos jogos e faça a sua parte." O Tricolor, até agora, disputou cinco jogos no Pinheirão e o maior público registrado foi 4.614 pagantes (contra a Ponte Preta). A média na competição é de 3.423 pagantes por jogo, abaixo dos números obtidos no ano passado, quando o Paraná computou 4.254 torcedores/partida.
Diante da carga disponibilizada – e da redução do estádio após a reforma realizada em 2003 – o Paraná não igualará seu maior público no Pinheirão (registrado na final da Copa Sul-Brasileira, em 1999, quando 35.180 torcedores quase lotaram o estádio da FPF). Na história do clube, o maior público em um Brasileiro ocorreu em 1994, quando 41.955 torcedores pagaram ingresso no jogo Paraná 0x0 Corinthians, no Couto Pereira.
Lori deve manter a base contra o Figueira
O técnico Lori Sandri começa a preparar hoje o time para encarar o Figueirense. O treinador terá a volta dos zagueiros Marcos e Aderaldo e todo o grupo à disposição. Tendo como foco a evolução do sistema tático, é pouco provável que haja mudança na estrutura do time. Ainda mais diante do resultado obtido no Rio de Janeiro. Numa avaliação geral, o técnico só não gostou das oscilações da equipe no setor de criação e do pouco volume de apoio dos alas.
Parte disso se deve à postura do Fluminense, que tinha em Gabriel e Juan peças fundamentais e que foram bem marcadas por Vicente e Neto, respectivamente. O Tricolor pode igualar, em caso de vitória, suas melhores marcas de 2003 e 2004, quando conseguiu no máximo três vitórias em seqüência. "É importante, agora, fazer o resultado em casa, para dar confiança ao nosso torcedor", comentou Renaldo. O artilheiro fez seu primeiro gol na competição e promete "embalar". "Diante da torcida, dificilmente passo em branco", avisou.
O Paraná, com o resultado obtido em Volta Redonda, tem uma campanha expressiva fora de seus domínios, com duas vitórias e um empate, sendo que o time de Lori sofreu duas derrotas. Equilíbrio também no ítem gols: foram cinco marcados e cinco sofridos. "Estamos no caminho certo. Montando um time equilibrado e eficiente. Se jogarmos bem postados, tenho certeza que lá na frente nossos atacantes resolvem o problema", disse o volante Rafael Muçamba.