O departamento jurídico do Paraná Clube está ultimando os detalhes do processo e no início da próxima semana deverá enfim executar o contrato relativo à venda do atacante Rodrigo Pimpão.
O Vasco da Gama já deve três parcelas – pagou apenas duas, das oito previstas – e somente a multa diária estabelecida no mesmo já atingiria a casa de R$ 1 milhão. Na base do processo, o clube irá exigir o retorno de Pimpão, hoje titular do ataque vascaíno.
“Houve uma quebra de contrato. Isso é base para o rompimento do mesmo e, assim, queremos a volta do jogador”, comentou o vice de futebol Márcio Villela. Rodrigo Pimpão ainda não atingiu o limite de seis jogos pelo Vasco nesta Série B e assim poderia atuar pelo próprio Paraná na competição. Pimpão só atuou quatro vezes, até aqui, nesta Segundona.
“Senão, haveria a possibilidade de uma outra negociação, para alguma equipe da Série A. Opções nós temos e o mais importante, agora, é a confirmação da rescisão do contrato do atleta, pelo não pagamento dos valores estipulados”, disse Villela.
Nem vice de futebol nem integrantes do departamento jurídico quiseram abrir o jogo quanto à estratégia que o clube adotará nessa ação contra o Vasco. “Estamos amarrando alguns pontos e faz parte do processo trabalhar em sigilo. Mas, tenho certeza de que não levará dez anos para uma solução, como chegou a comentar um integrante da diretoria vascaína”, resumiu Villela.
Cada parcela gira na casa dos R$ 100 mil e o grande problema do não cumprimento do contrato está na multa acordada entre as partes, de R$ 10 mil/dia por atraso no pagamento das parcelas.
Villela não teme pelo “estremecimento” nas relações com um dos times mais tradicionais do futebol brasileiro. “Não estamos fazendo nada ilegal. Apenas defendendo os nossos direitos. Tentamos de tudo na maior cordialidade, mas não podemos esperar indefinidamente por esses valores”, arrematou Villela.