A Justiça paraguaia decidirá na próxima segunda-feira se aceita ou rejeita o pedido do Ministério Público para prorrogar por três a dez dias o prazo para apresentar a sua opinião sobre o mandado de extradição enviado pelos Estados Unidos contra Nicolas Leoz, ex-presidente da Conmebol e ex-membro do Comitê Executivo da Fifa.
A secretaria do juiz de instruções penais Humberto Otazú confirmou que os representantes do Ministério Público e o advogado de defesa de Leoz, Ricardo Preda, foram convocados para a audiência de segunda-feira.
A meia-noite da última quarta-feira era o prazo determinado pela Justiça para que o Ministério Público e Preda entregassem a Otazú as suas respectivas argumentações.
No entanto, o promotor Federico Espinoza adiantou na última terça-feira que pediu dez dias para examinar o mandado, as leis paraguaias, as leis penais norte-americanas, os acordos de extradição entre os dois países, entre outros documentos.
Eventualmente, se o pedido do promotor for rejeitado, ele tem a possibilidade de
recorrer para o tribunal de apelações. E se a rejeição for confirmada, o Ministério Público tem o direito, se desejado, de pedir ao Supremo Tribunal de Justiça uma nova revisão do pedido de prorrogação do prazo.
Leoz, de 86 anos, presidiu a Conmebol entre 1986 e 2013 e está sendo acusado pelas autoridades norte-americanas de suborno, crime organizado e outros crimes relacionado com a venda dos direitos de transmissão de torneios. O paraguaio está sendo mantido sob prisão domiciliar desde 1º de junho.