Faltou pouco, muito pouco, para o triatleta brasileiro Juraci Moreira se classificar para os Jogos Olímpicos de Beijing, o que seria a sua terceira participação olímpica seguida. No domingo (dia 8), ele foi o 39º colocado no Mundial da modalidade, em Vancouver, no Canadá, ficando somente a 10 pontos de garantir a sonhada vaga. Mas o medalha de bronze no Pan Rio 2007 ainda alimenta esperanças de competir na China, em função de uma decisão do Canadá.

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?Fiquei fora por exatos 10 pontos, de um total de 1.725 pontos que alcancei, porém ainda tenho chances, se a Confederação Canadense não levar os três triatletas que tem direito. É que pelo critério deles, só vão para a Olimpíada os atletas que terminassem entre os nove melhores no Mundial. O terceiro atleta não foi tão bem (17º lugar),
como eles queriam, e se só forem dois, eu entro na vaga aberta?, explicou
o competidor de 28 anos de idade.

O anúncio da Confederação Canadense sobre o número de vagas deve ser feito nesta segunda-feira (9). ?A esperança é essa, mas teremos de aguardar a ITU (International Triathlon Union) passar a vaga para o Brasil, que só acontece em julho?, relatou o triatleta.

Sem desanimar, ele disse que caso fique de fora em Beijing, já iniciará os planos para Londres 2012. ?Será uma questão de honra. Essas adversidades só me motivam a continuar?, frisou o atleta, que neste segundo semestre deve voltar a dar atenção às provas no Brasil.

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No Mundial de domingo, Juraci tinha uma disputa particular com o italiano Emilio D?Aquino, que terminou em 46º lugar e ficou com a última vaga do ranking olímpico. ?A prova foi dura, muito frio. Se estava com trauma de Madrid, aqui foi pior. A água estava
em 11 graus, de congelar. Nunca vi nada parecido. Mas consegui nadar razoável. O problema foi a bike. Perdi o grupo no início do ciclismo e isso matou a prova?, contou.

Ficando no segundo pelotão, Juraci saiu para correr dois minutos após o grupo principal. Junto com ele estava o italiano, na disputa direta pela vaga olímpica. ?Então eu sabia que ainda tinha chances, mas tinha de chegar pelo menos oito posições à frente. Mesmo correndo bem, não consegui abrir essa diferença. Foi por pouco. Fiquei sete posições à
frente?, complementou.

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Lesão

Vale lembrar que Juraci Moreira teve a sua atuação no ranking olímpica prejudicada em função de um estiramento na panturrilha esquerda durante a Copa do Mundo, na Austrália. Na ocasião, ele foi obrigado a abandonar a prova quando estava entre os top 25. Na semana seguinte, foi para o sacrifício na etapa da Nova Zelândia, completou a disputa, porém sem marcar pontos, perdendo duas provas fundamentais em sua programação para a conquista da vaga.

Recuperado da lesão, ele voltou a competir muito bem no Pan-Americano da modalidade, no México. Chegou a estar em segundo lugar e terminou na quarta posição, a apenas 11 segundos da medalha de prata. Depois, na Copa do Mundo da África do Sul garantiu o 13º lugar, entrando novamente no seleto grupo para Beijing. Já na Copa do Mundo da Espanha, abandonou durante o ciclismo, devido a uma hipotermia.

Também este ano, ele garantiu resultados de destaque. Logo no dia 6 de janeiro foi o vencedor da Copa Continental Vina Del Mar, no Chile, a prova de abertura do Circuito Mundial de Triathlon. Na sequência, foi o terceiro lugar na Copa Continental La Paz, na
Argentina. Os dois pódios o credenciaram a seguir na briga por Beijing. No Brasil, teve outras duas marcantes conquistas, com o título individual e por equipes do Mundialito de Fast Triathlon, em Santa Catarina, e o pentacampeonato no Sesc Triathlon de Caiobá, no Paraná.