Líder! Por quase três anos foiimpossível associar esta palavra ao Paraná Clube. Duas vitórias convicentes ambas pelo placar clássico de 3 x 0 devolveram a alegria ao torcedor paranista, que voltou a sonhar com objetivos maiores na Segudona. O Tricolor não liderava uma competição nacional desde o dia 27 de maio de 2007. Se a liderança é pontual, pouco importa. O que os torcedores querem mesmo é comemorar, no embalo de um time guerreiro, com a “cara” da Série B.
A última vez em que o Paraná ocupou o topo da tabela foi ainda na Série A. No Brasileirão de 2007, atropelou Grêmio (3 x 0), Juventude (2 x 1) e Cruzeiro (4 x 3). Com os nove pontos, fechou a terceira rodada da competição na liderança isolada, à frente de Botafogo, Vasco e Corinthians, que somavam 7 pontos. Nesse momento, ainda sob a ressaca do título perdido para o Paranavaí, e de uma inédita participação na Libertadores, o torcedor passou a acreditar em nova participação na competição continental.
Ninguém poderia imaginar o que viria pela frente. Infindáveis trocas de treinadores, escândalos administrativos que determinaram o afastamento do presidente José Carlos de Miranda e o time seguindo ladeira abaixo. Rebaixado, o Paraná Clube passou dois anos se debatendo na Segundona, sob o risco constante de nova queda, desta vez para a Série C. Frustrações que valeram ao clube o duro rótulo de “mero participante” na atual Série B, segundo os críticos.
Estigma que a tropa de Marcelo Oliveira começa a espantar, apesar da cautela do treinador. “É cedo. Temos um longo caminho pela frente”, alerta o “mineirinho”.