Treino de hoje no AIC define o grid da Stock Car

Depois de um dia ?comum?, com duas sessões de treinos livres, o Campeonato Brasileiro de Stock Car chega hoje no seu momento crítico. É o dia do treino que define o grid de largada para a etapa de Curitiba, a terceira da temporada, marcada para amanhã, às 11h, no Autódromo Internacional, em Pinhais (a TV Globo e a rádio Transamérica transmitem). Ontem, a zebra rondou o anel externo do AIC.

O treino livre da tarde foi muito mais movimentado que o da manhã, que teve Ricardo Maurício como o mais rápido (50s501). O paranaense Alceu Feldmann ponteou a sessão desde o início, baixando seguidamente o tempo – fruto de um bom acerto e da queda na temperatura, melhorando as condições da pista. Na segunda metade do treino, Cacá Bueno, que venceu a etapa do ano passado no anel externo, passou Feldmann com o tempo de 50s101.

Mas ainda havia alguns minutos, e nestes surgiram as duas surpresas do dia, ambas vindas de São Paulo. Primeiro, Allam Khodair, companheiro de equipe de Feldmann, surpreendeu ao fazer sua volta em 50s015. Nos últimos instantes, Átila Abreu conseguiu um ?temporal?, sendo o mais rápido do dia com 49s938, média horária de 183,83 km/h – o único que baixou dos 50m segundos ontem. Khodair foi o segundo, Cacá o terceiro e Alceu foi o melhor paranaense, na quarta posição. Tarso Marques foi o sexto, William Starostik o 19.º, Júlio Campos o 21.º, Rodrigo Sperafico o 22.º, Ricardo Sperafico o 24.º, Thiago Marques o 26º, Lico Kaesemodel o 27.º e David Muffato o 34.º.

Feldmann está motivado para fazer uma grande classificação. ?Nas últimas etapas do ano passado e nas primeiras deste ano enfrentei problemas nos primeiros treinos. Em algumas tinha um carro rápido, mas inconstante. Hoje (ontem) foi diferente, pois tive um carro bom nas duas sessões, o tempo todo?, revelou o paranaense. Abreu, o mais rápido, promete mais para a definição do grid. ?No primeiro treino deu para perceber que o carro era rápido. Acho que o tempo obtido no segundo treino foi a soma de todo nosso trabalho. Mas o que importa é amanhã?, disse.

Hoje, o público curitibano vai conhecer este novo sistema. O treino classificatório começa às 11h25, com todos os 34 pilotos da Stock V8 juntos na pista. Eles terão trinta minutos para conseguir o melhor tempo possível. Ao final do período – fosse na Fórmula 1, seria chamado de ?Q1? -, os dezesseis primeiros seguem na disputa, com os seguintes já definido as posições entre o 17.º e 34.º lugar no grid.

A segunda parte (a ?Q2?, que seja) tem vinte minutos de duração, nos mesmos moldes da sessão anterior. No final, saem os seis melhores para a decisão, enquanto o restante se define entre a 7.ª e a 16.ª posição.

Aí vem a grande novidade. Na ?Q3?, acontecem três ?corridas? de duas voltas envolvendo dois pilotos em cada uma delas. Primeiro, vão para a pista o terceiro e o quarto mais rápidos no Q2; depois, o segundo e o quinto e, finalmente, o primeiro e o sexto. É como se fosse uma corrida mesmo. Os pilotos fazem a largada parada, dão as duas voltas e são permitidas as ultrapassagens – e as fechadas, claro.

Encerradas estas três ?corridinhas?, os vencedores são conhecidos, as voltas são somadas e a ordem de largada é a seguinte: em primeiro, o melhor vencedor na soma dos tempos, seguido pelo segundo e pelo terceiro vencedores; depois, em quarto no grid, o ?melhor perdedor?, com os outros perdedores a seguir.

A fórmula é complicada, e os próprios pilotos reconhecem isto. ?A gente tem que se adaptar, porque é completamente diferente do que acontecia antes. Eu preferia como era no ano passado?, afirma o paranaense Rodrigo Sperafico, citando o treino normal, apenas com uma ?superclassificação? com os dez mais rápidos. Entretanto, eles sabem que o espetáculo tem que continuar. ?A gente tem que ser a favor de coisas que motivem o público?, finaliza o amazonense Antônio Pizzonia.

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