Atletiba é sempre assim. Não importa se é ainda na primeira fase do campeonato ou na final. O clássico é cercado de mistério. E para o duelo deste domingo, às 18h30, no Couto Pereira, não poderia ser diferente. Atlético e Coritiba não querem dar pistas sobre as escalações para o jogo válido pela quinta rodada do Campeonato Paranaense. Os técnicos não abriram detalhes ontem, na histórica coletiva conjunta entre os clubes.
Marquinhos Santos, por exemplo, poupou Rosinei no treino de quinta no CT do Graciosa e até brincou com o fato. “Tirei ele para diminuir a média e equiparar com o Atlético”, disse aos risos na sala de imprensa alviverde. Negueba, por opção, também ficou no time de baixo, mas não deve ficar de fora do time titular. Em seus lugares, entraram os volantes Cáceres e Alan Santos.
Reforço?
O treinador ainda espera contar com Helder, que ainda aguarda a regularização no Boletim Informativo Diário (BID) até hoje. A garantia da titularidade, entretanto, foi negada. “Vocês podem fazer outras perguntas, porque da equipe eu não vou falar nada. Até por não ter nada definido”, garante. O time que treinou foi: Vaná; Norberto, Luccas Claro, Leandro Almeida e Carlinhos; João Paulo, Alan Santos, Pedro Ken e Cáceres; Mazinho e Rafhael Lucas.
Rubro-Negro
O Furacão não está diferente do rival. Sem ter acesso aos treinos no CT do Caju, a dificuldade de saber o time titular é ainda maior. Porém, o treinador Marcelo Vilhena não vai radicalizar em relação aos últimos dois jogos, que a equipe conseguiu vencer.
Brincadeira
No mesmo clima que o técnico alviverde, o comandante rubro-negro também não perdeu a oportunidade sobre os 11 titulares do Coxa. “Fui eu quem pediu para fazer essa pergunta do time, Marquinhos”, brincou e arrancou risada dos presentes no local. Mas a única dúvida é entre os volantes Zé Paulo ou Jonatan Lucca. O restante deve ser o mesmo: Lucas Macanhan; Mário Sérgio, Lula, Marcão e Sidcley; Matteus, Zé Paulo (Jonatan Lucca), Bruno Pelissari e Gustavo Marmentini; Caíque e Crysan.
É partida de tirar o sono
Com seis Atletibas no currículo, o técnico Marquinhos Santos não faz a mínima questão de esconder a rotina que aguarda o estreante Marcelo Vilhena na noite que antecede o clássico deste domingo no Couto Pereira.
O comandante coxa-branca garante, por experiência própria, que a preocupação com o jogo chega a um nível extremo. E o principal reflexo disso é a perda literal do sono.
“Posso falar para o Marcelo que à noite ele não vai dormir”, avisou Marquinhos, na coletiva conjunta da dupla paranaense. “Ele vai pensar, repensar, virar de um lado, virar para o outro, tentar descobrir mais informações, trabalhar a estratégia…”, acrescentou.
Em 97 jogos à frente do Alviverde, Marquinhos Santos tem, segundo o grupo de pesquisa Helênicos, o terceiro melhor aproveitamento da história do confronto, contando somente treinadores com no mínimo cinco partidas pela equipe do Alto da Glória.
Tim, com dez clássicos, lidera com 73,3%, mesmo retrospecto que Otacílio Gonçalves alcançou com cinco partidas a menos. O atual técnico, que acumula quatro vitórias, um empate e uma derrota, tem rendimento de 72,2% e assume o topo com um triunfo.
Experiência que reforça o script de insônia antes de a bola rolar. “Vai ser pesado para ele. Vai ser complicado”, frisou Marquinhos, antes de elogiar o amigo e rival em categorias e base. “Ele tem competência, é um treinador que tem buscado esse espaço de maneira muito comprometida e profissional. E tem aproveitado essa oportunidade que o próprio Atlético oferece”, destacou.
Preparado para ,encarar o Coritiba, Vilhena já sabe com o que se preocupar durante o jogo, com o sono em dia ou não. “Vai ser mais um clássico de muita entrega onde os detalhes podem fazer a diferença”, falou. (Fernando Rudnick)
